Sempre soube o que era. Obsessivo. Triste. Falso. Desiludido.
Dizem que nasceu a pensar nesse dia em que se fundiria com o pedaço de papel que tatuou na testa, escrito a cinza de cigarro partilhado e a notas musicais arranhadas.
Parece que arrastou na sua demência outros e outras, que nele quiseram acreditar. Parece, porque a maldade nega-se sempre, e a obsessão disfarça-se bem de persistência.
Caia, portanto, no esquecimento doloso, na verruga de um ano cheio de costas frias, na vergonha de ter sido apenas uma vírgula quando quis ser ponto final.
Arraste, assim, o nome e a ignomínia, seja tentado mas não tentador, seja esquecido, mas não esquecedor.
Dizem portanto, que as mão se soltam porque nunca estiveram juntas.Vi o brilho de punhais
Iluminar sorrisos abertos
Feitos para maquilhar
Os rostos sem expressão
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