Enquanto ela dançava na escuridão, ele colhia o perfume luminoso da areia...Perderam-se na certeza de um voo que arriscaram cedo de mais. Eram páginas carregadas de tinta de amor a escorrer ainda ensanguentada nas margens manuscritas, folhas soltas de poemas loucos furiosamente cravados para serem apenas deitados pela janela da torre da impossibilidade.Abraçaram-se e recearam-se, descobriram a mudança da luz ténue que os cegava ao ruído das vozes de protesto, cativas no sempre do mesmo enredo.
Encontraram-se na fronteira aberta do medo, as mãos quentes guiaram-se na voracidade de espantar a solidão e encerraram-se numa só teia entrelaçada de dedos artesãos de ternura. Chamou-os o medo à nascença para outra viagem, ao país das teias de cordão prateado que se infundem no corpo com a suavidade de uma gota de água a beijar a pele. Conheceram-se pelo sorriso espelhado na mesma pele molhada.Enquanto ela dançava no ouro da areia, ele colhia o perfume enfeitiçado do luar...
E é seres alma e sangue
E vida em mim
E dizê-lo cantando
A toda a gente
apesar do que disse antes, A Amizade está cansada, Estrela.
Agora tenta ver as coisas com maior clareza.
E espero que não me pintes de cores erradas.
Até um dia destes...
Está LINDO este texto...
paixão pura... :)
bjixos ***