"... Era como se eu fosse maior do que o que sou - como se estivesse todo dentro de algo mais pequeno do que eu - dentro e fora em simultâneo, porque ao mesmo tempo que cabia lá dentro era maior do que aquilo em que cabia - uma espécie de ilusão física - de anulação do volume - ou de inibição do impossível - uma abstracção indizível..."
[Mão Morta - Humano, tirado daqui]
São mãos que cabem umas dentro das outras, seguram-se em frágeis equilíbrios e abraçam com a força de um furacão. É pele sobre pele, dentro de pele, em cima de pele, pele, pura e simples. Mãos e pele. Humanamente frágeis e poderosas, porque nelas tudo principia e tudo termina. Como se dentro fosse fora e fora houvesse uma gruta escondida à espera que alguém encontre as palavras certas. O toque certo. A pele certa. O tudo certo, fora do qual só se pode estar dentro.
Em nós.
agora vem de volta, que eu seguro
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