Complexidade


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Lembrar-me? (?)



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Entrelaçou os fios nas cascas que restaram depois de ter nascido.
Encontrou restos de fumo presos às mãos, escorregando pelas teias que cuidadosamente tentara apagar. Mas que permaneciam.
Desenhou as sombras nas pedras que pisava simetricamente, apenas para saber que era real. Porque mais nada era real senão o que de si saía. Vivia em si, acordava e adormecia em si. E olhava, sempre o olhar que buscava o que não sabia. A esperança de o amanhã nascer pintado por outras cores, por outras mãos, que não as suas que não eram suas.
Pousou a folha, tinha pintado muito, muitas formas que não existem, muitas cores que vistas assim pareciam esborratar-se e sufocar-se numa folha que não as quis receber. Rasgou-a, mas ela voltou a juntar-se, uma e outra vez, duas e outras vezes, mil e outras vezes. Queimou a folha, mas nos restos fumegantes jazia sempre um pedaço ileso, sempre, que atraía a sim as cores de sempre, os mesmos rabiscos desajeitados, desfigurados. Como num espelho que apenas distorcia a realidade onde não vivia.
Cansada, exausta, morta porque nunca vivera, enrolou-se nas folhas e teias, puxou a casca para cima, deu as boas noites às estrelas, e tentou dormir ... ou acordar.
E o amanhã que nunca chega.


Filhos da confusão
Alinham pelos passos da multidão
Sempre o vicio da estática mutação


82 opiniões sobre o crime “Complexidade”

  1. Anonymous Anónimo 

    Não é o ontem já um pedaço do hoje e do amanhã? Não há uma linha bem delineada entre o passado, o presente e o futuro... Tudo se cruza como as cores na folha que não arde completamente... Dormimos, acordamos... Envolvemo-nos no fumo espesso que nos impede de ver mas uma só brisa desfaz toda a cortina habilmente criada... Distinguir cada cor, cada instante, cada sonho como se fossem acontecimentos diferentes, distantes é distorcer a realidade (ou o espelho...)

    Há um amanhã sim, existe sempre... mas começa a ser construido hoje... ontem... :)

  2. Anonymous Anónimo 

    Sim, sem dúvida, sem passado não há presente nem futuro. Mas a possibilidade de mudança, de alteração, de diferença, de, como dizes, afastar a cortina que nos faz cegos ou nos permite ver ... e nisso reside a diferença do ontem e hoje para o amanhã. Porque na continuidade também existe mudança, senão não haveria continuidade e adaptação...

    :)

  3. Anonymous Anónimo 

    Porque é que insistimos sempre na mudança para amanhã? Não sabemos nós que o amanhã pode não existir ?
    Claro que existe mudança, estamos constantemente em mudança... Vitimas da aprendizagem estamos sempre a tentar lapidar algo para mudarmos... Mas quantas vezes mudamos para ficarmos mais longe de nós mesmo sem nos apercebermos? (não sei se me fiz entender)

  4. Anonymous Anónimo 

    bem visto ...
    mas às vezes já custa o suficiente chegar ao fim do dia, com o corpo dorido e a alma esvaída, para tentar mudar é preciso frescura, cremos que ela existe amanhã, hoje estamos muito cansados...

    não percebi na totalidade o último parágrafo. mudança daquela falsa, que nos esconde de nós mesmos? isso é a folha pintada (ou não?)

  5. Anonymous Anónimo 

    então estamos a enganar-nos conscientemente mas não queremos nem saber... custará sempre chegar ao fim do dia, custará sempre encontrar frescura...

    Mudança verdadeira, nunca falsa, mas que nos afasta de nós... Daquelas mudanças que não desejamos mas que são indispensáveis para que possamos sobreviver... Acabamos por nos lapidar tanto que nos perdemos sem arestas...

    Ficamos mais longe do que somos ou do que julgavamos ser...

  6. Anonymous Anónimo 

    sim, mas n será engano ... será abandono, cansaço, mas n engano :S e esperança de um amanhã que possa ser diferente.

    Perdermo-nos no meio da mudança, é isso? Ideia assustadora, crês q é possível? Verdadeiramente possível? Acredito q possa acontecer esporadicamente, numa forma desesperada de nos defendermos do sofrimento (optamos pelo q julgamos ser o mal menor), mas n em sentido estanque e prolongado no tempo. Só se não formos o que pensamos ... e aí. Aí ainda se complica mais :P

  7. Anonymous Anónimo 

    Bem... já dormido e menos confuso a tentar descobrir se a luz do dia se instala iluminando-me... (ou a tentativa de colocar o lado racional mais alerta)

    Muitas vezes perdemo-nos no meio da mudança, é a tal tempestade que nos transforma tornando-nos menos nós e mais um outro alguém que seremos nós... Aí sim, reside a profunda mudança. Sim, de um forma quase desesperada numa tentativa vã de nos encontrarmo-nos sem chegarmos a perceber que nos estamos a tranformar lentamente.

    Tentamos habilmente defender-nos do sofrimento mas acabamos por descobrir (quando este nos deixa respirar) que ele é indispensável para que possamos crescer e aprender... ("nasci sem saber a forma certa de viver mas logo a vida me ensinou")

    Logicamente, se é que tem alguma lógica, não é estanque e nunca é de uma forma propositada e precisa, somos seres evolutivos e nessa evolução as transformações acontecem... As que são "propositadas" raramente nos tornam realmente diferentes, apenas criam uma nova máscara com mais adornos e mais gélida, pouco mais que isso...

    Acredito muito na essência das pessoas, e vejo-as todos os dias mascaradas para não transparecer essa essência, faço o mesmo, é uma forma de refúgio, de lutar contra o mundo... Mas quando se consegue chegar à essência... Aí é realmente sublime...

    Complicações? O que seria da Vida sem complicações?

    "Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito.
    Um se chama ontem e o outro se chama amanhã,portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e, principalmente, viver".

  8. Anonymous Anónimo 

    Sim ... mas não só o sofrimento nos faz crescer e aprender. Concordo, ele é útil (ainda q qd por ele somos invadidos n tenhamos discernimento "racional" para o entendermos), mas n necessariamente imprescindível.
    Sim, as mudanças propositadas são fracas, mas às vezes marcam pontos de viragem, ora de máscaras sobrepostas, ora de forças que se ganham onde antes de perdiam. Depende das mudanças, depende do seu porquê, depende sempre de tanta coisa ... oh ... A essência, essa miragem. Um ponto de vista sobre o mundo é o mundo visto por um ponto, e essa verdade vê-se e sente-se tantas vezes. Somos demasiado complexos para nos apercebermos da essência. Se calhar da dos outros é mais fácil. Ou talvez não. Talvez possamos aceder a partes de essência (humm).
    Complicações na vida... mas às vezes cansa baixar os braços para apenas "deixar o tempo ver do que é capaz". Às vezes só isso não chega. Mas é o q é preciso...

  9. Anonymous Anónimo 

    Claro que é imprescindivel... Talvez não o seja quando "chega" em doses exageradas... Mas é imprescindivel... Mais que não seja para descobrirmos a verdadeira Felicidade!

    O mundo visto por um ponto... brilhante dedução... Nunca temos uma visão "verdadeira", apenas moldamos o nosso mundo à verdade que conhecemos... Pouco mais nos importa... Podemos é alargar os horizontes e abarcar uma "verdade" maior...

    A essência existe, e encontramo-la, por partes, tens razão, quando procuramos com "querer" e vontade... E é realmente sublime... Porque se camuflam as pessoas? Talvez seja o medo de não sofrer... não será um triste engano?

    "deixar o tempo ver do que é capaz"... Não será uma forma de nos derrotarmos a nós próprios? Não acredito que isso seja uma saida para o que quer que seja...

  10. Anonymous Anónimo 

    Não pode ser imprescindível ... só se for a dor de não conseguir abraçar tudo, só assim posso conceber :P

    Pq se camuflam ... faz parte da nossa natureza falível, creio. Medo, descrença??? Será sempre propositado? Há um exercicio q às vezes faço e recomendo: olharmo-nos no espelho. Olhos nos olhos connosco ... hummm

    deixar o tempo passar? às vezes custa, mas custa mais aperecbermo-nos de quem nem tudo está nas nossas mãos. deixar ir, largar o controlo que quisémos ter e nunca tivémos ... aí o tempo é mestre em nos ajudar a sarar. acredito nisso, ou preciso de acreditar? ... q te parece?

    :P

  11. Anonymous Anónimo 

    Sim, nesse contexto, porque só assim consguiremos ter a noção de que vale a pena lutar... De outra forma nunca o conseguiriamos descobrir...

    Nem sempre é propositado, acabamos por nos habituar a agir dessa forma, assim como nos habituamos a desconfiar de tudo e de todos antes de dar-mos o beneficio da dúvida (isto é discutivel e genérico claro). Talvez por isso a "civilização" esteja como está... Mas isso são questões que nos ultrapassam... Para mudar o mundo temos de mudar primeio a nós próprios... Olhar ao espelho... Hummmm... Só me olho ao espelho para fazer a barba mas hei-de experimentar :P

    Será que deixamos o tempo passar? Ou é ele que passa sem nos apercebemos? Acabamos por o deixar vencer... e isso é mau... porque há sempre algo que poderiamos ter feito, mais uma batalha, mais uma luta antes do "fim"... Eu desacredito de fins, desses em que deixamos o tempo tomar controlo da situação... Saírmos derrotados pelas nossas próprias mãos é a pior dor que podemos experimentar... digo eu...

    :)

  12. Anonymous Anónimo 

    :)

    habituamo-nos a desconfiar? será q nos excedemos no hábito de confiar? inatamente confiamos? n sei, pq pensar nisso remete-me para mim, e aí o espelho sabe mais q eu. Mudar o próprio. Sorriso. Mudar para o quê? Mudar ou evoluír? Mudar por expansão ou por evitamento. A mudança, como temos falado, pode ser simultaneamente ameaça e oportunidade. Mudar. Ficar, permanecer. Ser. Tenho de escrever :|

    Olha-te ao espelho, e fala com o reflexo que tb és tu. Experimenta. Da primeira vez q fiz foi ... n te conto para n te influenciar :D Depois conta ;)

    O tempo n é nosso inimigo, apesar de n saber nada, traz e leva mta coisa. Há lutas q n devemos travar. Há cenas das quais devíamos ter abandonado há mt, ou mesmo ter apenas ficado nos bastidores. Acredito na persistência humana. Mas tb receio a persistência cega pelo querer. Lá está, nem tudo depende só de nós, e muitas vezes é o tempo q nos sussurra essa paz ao ouvido. Eventualmente terá gritado e n teremos ouvido, mas no silêncio da solidão, a sua voz ganha ecos.

    derrotados pelas nossas mãos... mas quantas vezes isso nos acontece sem sabermos??? a consciência disso é q nos fere, mas somos tanto mais do que vemos e sentimos. tb nós não nos vemos na totalidade

    (agora vemos como num espelho, mas depois ...)

  13. Anonymous Anónimo 

    esqueci

    dói. tens razão nesse aspecto :P

  14. Anonymous Anónimo 

    As pessoas desconfiam em demasia. Concordamos? Isto falando genericamente claro... Costumo acreditar nas pessoas, confiar também... Sei que muitas vezes é um erro... Mas não o fazer seria um erro ainda maior... Evoluir, claro. Mas evoluir também é mudar, talvez neste contexto até sejam sinónimos. Nunca saberemos o que pode suceder depois, talvez queiramos regressar ao ponto anterior, porque já sabiamos lidar com ele... Mas não conseguimos. Nunca conseguimos. Digamos que é um erro colateral dessa mudança. Seremos sempre nós próprios, assim como seremos outros. É um ciclo que nunca termina.

    (escreve sim, gosto de te ler :))

    Um dia destes tento olhar ao espelho, e porque não?

    O tempo... oh, o tempo. É um inimigo cruél quando o deixamos saborear as horas que deveriam ser nossas, quando nos deixamos embarcar no marasmo do "deixa lá ver se o tempo passa e as coisas vão ao sitio". Aí sim é um inimigo. Mas também pode ser um amigo, claro, porque também ele tem o dom de apaziguar as dores e alguns sofrimentos. Apaziguar. Atenuar. A persisência é cega? Muitas vezes não... Ou talvez seja... A verdade é que essa persistência depende só de nós... Nós é que a alimentamos, e que acreditamos nela.

    A paz que o tempo nos sussurra ao ouvido, em tempos de silêncio, ou pela escuridão nocturna é fantástica, mas depois os raios de sol voltam a brotar e essa paz volta a desaparecer se não acreditámos nela enquanto estava escuro (e será que alguma vez acreditamos que ela veio para ficar?)

    Sermos derrotados pelas nossas mãos apercebendo-nos disso é profundamente doloroso... Mais ainda quando não nos apercebemos antes do fim (se houvessem fins...)

    Não nos vemos na totalidade? Ou não nos queremos ver na totalidade?

  15. Anonymous Anónimo 

    concordamos. gosto dessa ideia de erro colateral, mas n sei se será erro. mudar permanecendo, faz lembrar as águas do rio de heráclito. é esse o nosso fascínio, mas apenas pq nos conseguimos distanciar, apenas e só pq reflectimos e ao fazê-lo, nos afastamos de nós, somos mais objecto de observação contemplativa q sujeito de acção ... n somos ambos ao mesmo tempo. e assim não nos conseguimos ver na totalidade ...

    nós persistimos na persistência (hehe) e aí ela transforma-se em obstinação. todos os defeitos são qualidades em excesso. mais ou menos :) teimar ... contra algo q não se move, inexorável aos nossos esforços ... é aqui q acho q é às mãos do tempo que pertence o nosso sofrimento.

    acreditamos sim! nem q seja num momento, em que tudo se compõe, tudo se renova, e aí, mesmo na luz que cega, somos diferentes, porque acreditámos, ainda q n acreditemos enquanto queimamos. a questão é q a esperança renasceu, e o sol apenas a fez esconder, mas tudo é cíclico, e ao fim do dia, a escuridão afaga-nos novamente. está meio confuso, n? acredito q compreendes :)

    ai o fim ... divagar? :P

  16. Anonymous Anónimo 

    Fez-me lembrar uma frase que diz mais ou menos assim: A água de um rio chega ao mar porque aprende a contornar os obstáculos. Fascinamo-nos. Connosco próprios (eu pelo menos fascino-me :P)... Acabamos por descobrir forças que julgávamos não ter, réstias de uma coragem que nunca tinhamos descoberto... Enfim... estamos sempre a surpreender-nos e a ser surpreendidos. Não reside aí uma das maiores magias do Viver? (com direito a maiuscula)
    Claro que somos ambos ao mesmo tempo. Vemo-nos, observamo-nos e agimos conforme o que observamos. Ao mesmo tempo. Por isso somos seres mutáveis e únicos. Pensar e agir ao mesmo tempo é algo extraordinário e só nós - humanos - somos capazes de tal proeza.

    Obstinação. Persistência. Fazemo-lo porque acreditamos... e sabes tão bem como eu que quando acreditamos em algo... não há quem nos venha dizer que estamos apenas a perder tempo, a magoar-nos ou a lutar contra algo imóvel... Talvez ceguemos... (oh, talvez tenhas razão...)

    Quando a luz cega ficou apenas uma aprendizagem, e se nada aprendemos ficou apenas uma memória, e essa pode ser implantada e nunca ter existido... A esperança renasce sim, mas durante quanto tempo é suficiente a escuridão para que ela volte a renascer dia após dia, batalha após batalha? Não há um dia em que nos cansamos e necessitamos de algo mais?
    Se pudesse vivia apenas de noite... mas aí talvez essa mesma noite perdesse o encanto que agora tem... (Ou não)... Ouvir o silêncio sussurrar ao ouvido, conseguir absorver um pouco de melancolia e mesmo assim soltar um sorriso, ou vários, é algo deslumbrante...

    Aprendi que há coisas que não têm explicação, que por muito que as queiramos enquadrar numa realidade "racional" elas não encaixam... por isso (e para bem da minha sanidade mental) muitas das coisas deixo ao "sabor dos tempos"... Mas sempre questionando...

    ooops acho que agora eu é que fiz um parentesis demasiado...(...)

    divagar? porque não... a noite ainda agora começou :P

  17. Anonymous Anónimo 

    Não podemos ser ambos ao mesmo tempo ... é uma limitação inerente ao acto de pensar. há uma fracção que separa ambas as coisas. o ser que se pensa, pensa para reflectir e eventualmente agir. ok, posso n te convencer, mas filosoficamente o eu sujeito e o eu objecto são dissociáveis e só num estado rotineiro (sem eu objecto, portanto) se assimila o eu na sua (quase) totalidade. acho q me estou a perder, sei o q quero dizer, mas n sei se o estou a dizer ... o q nos distingue é o conseguirmos fazer as duas coisas, n o fazê-las ao mesmo tempo :S
    as minhas maiúsculas são limitadas. aos nomes de pessoas ... longa conversa, tê-la-emos noutra ocasião ;)
    acreditas q apenas existe uma memória residual do que do que sobra da noite? (reli, percebi q nao) achas q é necessaria aprendizagem? o estado de paz em si e essa memória, quase uma aprendizagem, mas apenas a roçá-la, implicitamente, n serão suficientes? n me lembro do que aprendo, lembro-me e recordo selectivamente o q me toca, o q, mais forte q as palavras, mas rouba e entra em mim e nao sei de nada a n ser dessa sensação ... de paz.
    eu n gostaria de viver so de noite, a luz do dia aquece-me o q a noite esfria, e faz-me entrar num eu q, (in)felizmente é tao real como o que acorda e vive de noite. é como dizes, assim dou valor ao silêncio que apenas se cala para a música me fazer companhia.
    sorrisos? os meus so aparecem à noite, durante o dia perco-os (ou eles perdem-se de mim a maioria das vezes). agora vao aparecendo mais, gosto de rir, de chorar, de ver, observar, gosto de viver (imagina q tem maiúscula, ok?)

    as coisas n têm uma explicação. podem ter muitas. têm muitas. nós é q podemos n encontrá-las. n faz mal. o tipo das linhas tortas sabe. eu confio nele. ele confia em mim. e isso dá-me o sentido q preciso. n preciso nem quero explicar em moldes convencionais o q nao encaixa, como disseste muito bem, n quero retalhar o q a vida me dá. questionar? sempre! Às vezes até demais ... eeerrr.

    (explica lá esses parêntesis hahaha)

  18. Anonymous Anónimo 

    O que nos distingue é conseguir fazer as duas coisas. É verdade. Mas também conseguimos fazer as duas coisas ao mesmo tempo. O eu que age fá-lo porque pensou em fazê-lo, mas ao agir está também a pensar. Normalmente a agir rapidamente e a pensar lentamente, e só assim consegue coincidir um eu com o outro eu. Talvez filosoficamente não seja bem assim, mas teorias comprovadas não há, mas não vamos entrar numa dissertação racional, não enquanto não há sol :P

    Não empregas maiusculas (imagina que tem acento) sem ser nos nomes das pessoas? Nem quando queres fazer a distinção entre viver e Viver? Podes começar a conversa já... eu tenho tempo (ou Tempo) :P

    Estamos sempre em aprendizagem, até nas memórias residuais estamos em eterna aprendizagem. A noite é uma grande amiga, para recalibrar forças, para alinhar pensamentos, para redefinir sonhos, para escrever, para voar, para... Adoro a noite, e talvez seja suficiente o roçar da aprendizagem para que ela nos toque. A sensação com que adormecemos (ou acordamos) persegue-nos durante algumas horas do dia... e isso é suficiente para voltemos a acreditar (nem sempre) que vale a pena. Que tudo vale a pena.
    O "eu" que vive durante o dia não subsistiria sem o "eu" que vive durante a noite e vice-versa. Realmente não conseguiria viver apenas de noite - ou talvez conseguisse mas dividiria o tempo. O lado racional e "quente" também faz imensa falta... serve para dar importância e para muito mais... Também durante o dia conseguimos ser mais objectivos, reais, frios... racionais.

    Gostar de Viver é tudo. (podes colocar a maiúscula). Sorrir durante o dia é mais dificil? Ou menos verdadeiro? Há aqui uma longa divagação prestes a nascer... tenho consciência disso! :)

    Nem tudo tem uma explicação... Não pode ter. Se acreditares que tudo tem uma explicação perdes a fé no Tipo lá de cima, nas mensagens, nas "coincidências"... Passas a acreditar em tudo por uma linha matemática, o que é errado.
    Quantas coisas ou acontecimentos são colocadas à nossa frente por uma razão - que mais tarde nos parece óbvia - mas que não sabemos como foram lá colocadas? Talvez sejam as linhasa tortas escritas a direito... Quem sabe? Questionamos sempre tudo mas nem sempre para encontrar respostas... apenas para questionar... Porque sabemos que nunca ninguém nos poderá responder... (a menos que tenhamos uma aparição...:P)

    (explicar? já os entendeste)

  19. Anonymous Anónimo 

    bem ... ui ui!!!
    temos de começar a começar estas conversas mais cedo ... agora q tenho de ir dormir (aulinhas amanhã) é q tenho tanto para dizer. nao é justo.
    sucintamente, e com a promessa de aqui regressar.
    maiusculas. para quê? qd tenho de escrever para alguem ler, claro, regras de portugues e coiso e tal. para mim? as palavras n se medem pela forma como sao escritas. talves uma luta com as palavras, tentando demonstrar-lhes q tenho voto na matéria. além de q, para distinguir Viver de viver, preferiria VIVER. n é mera estetica, mas pq capitalizar apenas a inicial? hummm ...

    racional durante o dia? só sem oculos escuros :P e se n for a ouvir musica. acho q sou racional, pensando bem, qd estou com "os outros", os q têm de e querem ver esse lado, o q no fundo, é mais o meu lado lunar, mas ninguem percebe (... esquece o q eu ia a escrever ... talvez um dia)
    n dividiria o tempo. nos momentos de sol, ha q saber trazer a noite. e vice-versa (AAAHHH A ESTRELA DO MAR --> MAIUSCULAS ... espera ... estou a ouvir).

    sorrisos durante o dia serão diferentes. acho q me rio durante o dia, e sorrio à noite. vamos falar sobre isto, por favor (hei-de escrever sobre isto)

    mais claro q isto n pode ser: "qq coisa impossivel fez-me acreditar" e o sorriso q faço por saber o quanto vais entender isto é imenso

    boa noite :)

    **

    (desculpa ter de ir dormir e interromper a conversa ... [entendi?])

  20. Anonymous Anónimo 

    Pois é já é tarde...Nem me tinha apercebido :P Mas se prometes regressar também não me alongo... :)
    Não é uma questão de regras de portugues, mas de diferenciação... Claro que se escreveres a palavra toda em maiuscula parece que a gritaste, se a capitalizares parece diferente... Talvez porque eu tenho o hábito de capitalizar as palavras que quero diferenciar, tornar mais relevantes, com mais "sentimento".... A verdade é que as palavras (neste caso apenas as escritas) têm bastante poder, e a forma como são escritas também, pelo menos para mim, mas eu sou um bocadinho viciado em entrelinhas... Certamente já percebeste que por outro lado quase nunca uso acentos, e faço-o propositadamente... Nunca percebi porquê, mas se for legivel sem o acento não o coloco (muitas vezes coloco-o mas porque já estou a pensar no que vou escrever a seguir e é automático...)

    A música... sim, ela é muitas vezes a culpada pelos estados menos racionais durante o dia... Confesso que estou constantemente a ouvir música e não conseguiria trabalhar de outra forma... São hábitos. O teu lado lunar... Hummmm... (talvez um dia me digas ou escrevas o que ías escrever, acredito que sim)

    Ohh... A Estrela do Mar... :) Ele há coisas :P Trazer a noite durante o dia só com música ou em "grandes" momentos... É raro... muito raro...

    Sim, são coisas diferentes, um sorriso de um riso... Quantas vezes um sorriso :) (largo agora um grande)

    Entendo sim...

    Assim como eu sei que entendeste o parentesis! :)

    Boa Noite

    ***

  21. Anonymous Anónimo 

    bom dia! (boa tarde, aliás)

    gritar? tudo em maiúsculas é gritar??? ah, não. não. os acentos fazem parte das palavras, tens de me explicar pq n os pões. mas claro, como se escreve tem tudo a ver como sentimos as palavras, ou elas nos fazem sentir, olha onde me fui meter ...

    chove. gosto de chuva (já sabes disso). a chuva dá-me sorrisos durante o dia :)

    até logo, ou até qd por cá passares ;)

    *

  22. Anonymous Anónimo 

    Olá! Já acordado há muitas horas neste dia cinzento e cheio de calor...
    Tudo em maiúsculas é gritar sim, pelo menos sempre associei assim...
    Os acentos, confesso que muitas vezes é por preguiça (shame on me), outras vezes é porque simplesmente não me apetece :P Se a palavra é perceptivel sem o acento não o coloco... São vícios (com acento)...

    A forma de sentir as palavras... longa divagação que pode vir daí... acredito que cada um de nós sente as palavras de forma diferente... Talvez existam interseções, e nos refugiemos muitas vezes nessas interseções... Porque é fantástico ver que mais alguém sente determinadas palavras da mesma forma que nós...

    Passava bem sem a chuva... Ainda por cima porque está um calor descomunal e eu estou de férias :)

    *

  23. Anonymous Anónimo 

    férias?! n sei o q são ...
    já n chove ... snif :P
    vou agora para as aulas (shame on me, oh meu deus, essa expressão ...).

    eu sinto as palavras ou elas fazem-me sentir ... estou ainda para descobrir. qq dia arrisco um "sentimos" as palavras ou elas fazem-"nos" sentir :) algures nessas intersecções. sorriso (ando a sorrir demais, começo a pensar ... prefiro não pensar, tenho de me concentrar no lado "Ana nas aulas" :S)

    bom resto de tarde de férias :D

    *

  24. Anonymous Anónimo 

    Não sabes o que são férias? Isso é que é lutar pelo futuro... :)
    Espero que os próximos dias esteja um sol radiante... senão desisto das férias :P

    As palavras... sentir as palavras ou elas fazerem sentir... é uma boa questão... Deixa-me pensar nisso... Quando estiver mais escuro :) Algures nessas intersecções (eu sabia que faltava um "c") porque não um "sentimos" ou um fazem-"nos" ? A verdade não é essa?

    Então e essas aulas terminam quando? :P :P :P (sorriso)

    *

  25. Anonymous Anónimo 

    Agora que a noite finalmente abraçou toda a luz e apenas se ouve a doce melodia habilmente escolhida para me acompanhar talvez consiga libertar algumas palavras ou pensamentos escritos...

    Deixa-me ler... As palavras... Há uma qualquer magia nas palavras, nas entrelinhas, nos acentos, nas maiúsculas, na pontuação... Talvez existão os dois tipos... As que fazem sentir e as que se sentem...

    Quantas vezes consigo sentir as palavras a desprenderem-se dos dedos e a ganharem formas e vontades próprias, criando frases, transcrevendo pensamentos, polvilhando o mundo com um pouco de cor e sabor... Nessas alturas estou a sentir as palavras, sem dúvida, de outra forma não conseguirião libertar-se, nunca existiriam...

    E quantas vezes as palavras fazem sentir... também ao escrever elas fazem sentir, voltar atrás, reler, voltar a escrever o mesmo, gritar por meio de uma pontuação exagerada, explodir, implodir.. E ler... as palavras de um outro alguém... uma frase, um texto, um livro... quantas vezes as palavras me fazem navegar, voar, embarcar numa outra realidade, talvez até experienciar através de o sonho de um outro alguém... que há quem tenha vivido apenas sonhando... e escrevendo...

    É difícil escrever sobre as palavras... É quase como compor uma canção sobre música... (...)

  26. Anonymous Anónimo 

    Boa noite!
    Vamos por partes (a noite ainda n entrou em mim, preciso de organização).
    Não sei o que são férias ... lutar pelo futuro? Naaa! É só a minha sede de saber :S rio-me (n sorrio), mas tb é ... então se viesse com um emprego a acompanhar :P
    Aulas, quais delas? Setembro ... só em Setembro, pq houve profs q faltaram e adiaram aulas e entregas até lá :( Vai-se descansado, de manhã :S

    Agora sim! É noite! Dois tipos de palavras? Talvez apenas dois tipos de reacções a elas. As palavras existem e moldam uma relação, com o outro, connosco próprios, um eu e tu, um eu e eu ...
    Talvez o acto da escrita seja sentir as palavras, sentir uma qualquer coisa que não conseguimos sentir enquanto não lhe damos nome. Talvez. Sentir as palavras. Ler, aí talvez as palavras nos façam sentir. Mas não me parece que haja uma fronteira. Somos nós que, sem optarmos, sem decidirmos, sem traçarmos a giz o fim (propósito) das palavras, somos levados por elas a sentimentos. E cheiros e sons. E qualquer coisa pintada a lápis de cor.

    Compor uma canção sobre música? E porque não? Porque a música não são meras regras prontas a ser executadas por operários, também ela tem de ser sentida, vivida, bebida. Tem de encher a alma, senão é apenas som. Som, bonito, bonito é o adjectivo que menos gosto, menos descreve, mais vulgariza. Som bonito não é música. Não toca, ouve-se.

    (n vais acreditar no que estou a ouvir :D)

  27. Anonymous Anónimo 

    Boa Noite!

    E a sede de aprender não é já lutar pelo futuro? Pensei que estivesses empregada... (palavra mais...) Setembro também está próximo... Agora é altura de dar "tudo por tudo".

    Sim, dois tipos de reacções às palavras, nunca definidos, assim como as palavras, raras são as vezes em que só têm um sentido, uma interpretação, uma estória... Escrever é um tipo de libertação, de necessidade, de explosão... E ler o que se escreve é quase reviver um instante, que tantas vezes nem parece nosso... Confesso que muitas vezes não releio o que escrevo (e agora falo do Mundos) talvez seja a minha forma de deixar as palavras brilhar, de nascerem conforme querem... Esse é um dos encantos que sinto nas palavras (ou que elas fazem sentir)... e quantas coisas elas transmitem...

    Compor uma canção sobre música é como escrever sobre as palavras... Por muito que se queira transmitir, soltar, escrever acabamos sempre por nos perder em sentidos, em cores e sabores... Claro que a música não é apenas regras... quantas músicas não passam apenas de sons por isso mesmo... são apenas conjuntos de notas musicais sem sabor... A música é uma companheira... talvez por isso escolhida sempre com tempo e dedicação...
    Bonito... nunca tinha pensado nesse adjectivo dessa forma... Acho que nunca tinha pensado nesse adjectivo de forma alguma...

    (o que ouves então?)

  28. Anonymous Anónimo 

    Estou "meio" empregada ... mas só "meio" ... tudo por tudo? nem por isso, e aqui entramos nas minhas qualidades menos positivas :P

    (neste momento preciso estou a ouvir a música q dá nome a este espaço)

    tenho ganho mt respeito às palavras e suas reacções. as histórias (escrevo como antigamente, sou teimosa) que elas me contam e q conto através delas por vezes surpreendem-me, n pela sua (in)coerência, mas pelo brilho, q n é meu. o meu brilho n é esse. talvez seja o de me aperceber disso. eu às vezes releio o q escrevo. aqui n, por acaso. às vezes sabe-me bem, outras nem por isso. mas lá está, é meu, n retiro uma vírgula ou um insulto (já escrevi isto).

    escrever sobre as palavras é deixá-las falarem de si. as palavras são imensamente sábias, simples. tudo nas palavras é belo, em todas elas, nas mais complexas, nas mais mundanas, tudo. pq n poderemos falar sobre elas, se são elas que se narram e reinventam sempre, de cada vez que alguém as escreve, as diz? ah, as palavras.

    hj percebi as minhas figuras tristes (nome tb de uma canção do nuno prata) por causa da música :) ando sempre de fones no autocarro, SEMPRE. e estava a ouvir uma música mt ecléctica (a saber, eskimo, do damien rice) e a senhora ao meu lado diz: o seu telefone está a tocar! n estava, raramente ligo o telemóvel, gosto de estar mergulhada na música sem interrupções. era a música, q tem uma parte lírica de arrepiar :( explicar isto à senhora?! credo ...
    mas às vezes é bom, simples, apenas ouvir sons, sem mais nada. às vezes. só. n hoje.

    (n percebeste o q estava a ouvir? a sério? ooohhh ... ;))

  29. Anonymous Anónimo 

    "meio" empregada é melhor que "não" empregada! :P Quem tem sede de saber dá mais "tudo por tudo" do que alguém que apenas quer o canudo... :) Relembra-me uma velha história (as duas palavras existem) em que alguém me disse que estudava porque gostava de aprender, que não lhe interessava tirar grandes notas simplesmente porque decorava, preferia tirar notas medianas mas chegar ao dia seguinte e saber... Depois... mais tarde vai-se acabar por descobrir quem sabe e quem "apenas" teve notas elevadissimas... Enfim...

    (por coincidência também estou a mergulhar no Palma... Balada de um estranho)

    Respeito às palavras... sim, porque não?! Gosto delas, de brincar com elas, de jogar, de perceber, de voltar a perceber, (entendes, certo?) de as escrever, de as perder... Gosto especialmente que me surpreendam... Porque são sempre diferentes, dependentes dos tempo, do momento, do acompanhamento...
    Não retiras uma vírgula ou um insulto, sim já o tinhas escrito, também já me tinha apercebido, mas penso que é exactamente assim que terá de ser para que elas possam ter a força necessária para brilharem... e talvez aí também esteja o teu brilho... As palavras não "usam" uma qualquer mão para explodirem... Escolhem, procuram... brilhos... Será?

    Será que as palavras sabem exactamente como falar delas próprias? Ou precisam de guias? De quem as tente perceber para que se possam soltar? É evidente que são imensamente sábias e mesmo por isso nunca conseguirão definir-se, resumir-se... É uma utopia... Não é fantástico? :)

    Pois é, a música também tem destas coisas... liberta-nos para outros estados e algumas vezes não conseguimos regressar ao espaço fisico antes de acontecer peripécias estranhas... :P
    (confesso que não conheço essa música... um dia destes partilhas :P)

    Apenas ouvir sons? Diz-me lá uma "música" que entendas apenas como som e que consigas ouvir?

    (e uma pista? :)))) )

  30. Anonymous Anónimo 

    hum ... notas altas n quer dizer q só goste do canudo, 'tá??? ai ai :D
    qd disse q n dava tudo p tudo estava fora do contexto ... enfim, as notas n são tudo, são mt pouco, mas enche-me de qq coisa, q n é orgulho de orgulho, é qq coisa q n sei explicar (ou talvez saiba, mas seria preciso recordar o anúncio do Lamy, "tenho cara de míudo, mas (...)"), olhar a pauta, seguir o meu dedo até aos meus cinco nomes e duas partículas, e ler o q lá está :D

    n acreditas em coincidências ... portanto, o palma n veio ao acaso, estarei certa? :P

    as palavras escolhem-nos? olha q nunca tinha pensado nisso... mas isso é uma enorme responsabilidade :S sei q n as escolho, sinto-as sair pela ponta dos dedos, mas n as escolho. mas talvez sim, nem toda a gente esteja desperta (ou seja sonhadora o suficiente) para as histórias que elas trazem (existem as duas palavras sim, supostamente com significados distintos, mas para mim estórias é uma variação que surgiu após ter começado a escrever, e História implicaria maiúscula e, enfim ...).
    as palavras surpreendem (quase) sempre, ainda que as histórias q trazem possam ser as mesmas em essência. são inconstantes, como nós. quem tudo reteu mais tudo encolheu, e o mesmo se aplica às palavras. ah! por falar em casca (música dos toranja donde veio essa frase), eis uma grande definição da máscara, A máscara. n tem nada a ver, eu sei, mas são as cerejas das palavras *oops*

    claro q as palavras precisam de guias, precisam de quem as materialize, ou as ordene, mas aí somos quase instrumentos que possibilitam essa auto-definição. a história das palavras é como a dos homens, n termina, nunca. mas aí reside a grande obra do ser humano. saber q somos finitos, como as palavras, por começarem e acabarem, serem separadas e discretas, mas q ao mesmo tempo, somos capazes de sonhar o infinito, ainda q n o consigamos compreender plenamente. arrepia, pensar q existe uma história das palavras, à espera apenas que alguém a comece. ou a continue, pq muitos foram os que as elevaram de forma sublime. todas essas palavras contam a sua própria história. desculpa se parece um delírio, mas enfim, um sorriso me diz q quase poderia saborear estas palavras...

    n conheces a música? ok, mando-ta de bom grado (estou a pensar no msn, o q implicará ficarmos com os mails ... e dp se se perde a mística destas noitadas?)

    sim, sons. um exemplo claríssimo para mim: fingertips. sou até capaz de trautear, mas n me diz nada. pronto, ouve-se ... às vezes. pouco mais. confesso q foi mais difícil do q pensava :S

    (uma pista fora de tempo: numa noite em q o céu tinha um brilho mais forte)

  31. Anonymous Anónimo 

    Oh, não foi isso que eu quis dizer... O que eu quis dizer foi que há quem não tenha sede de conhecimento, de saber e consiga grandes notas, "grandes" canudos... Enquanto quem gosta de saber, de analizar, de descobrir o porquê tem a tarefa duplamente dificultada... Logicamente que querer saber não implica ter notas baixas...

    Pois, não acredito em coincidências... e parece-me que tu também não... :)

    Não será uma responsabilidade maior que Viver certamente... Eu acredito que elas nos escolhem, ou que escolhemos estar sonhadores (ou acordados) o suficiente para as recebermos, talvez de uma forma inata, sem nos apercebermos... Nunca conseguiremos chegar a uma conclusão definitiva, porque também elas são voláteis e podem tão depressa propagar-se como apagar-se deixando apenas réstias de cor... As palavras surpreendem sim, sempre, quando são soltas, genuinas, aí podes retirar o quase, mesmo que a estória se repita não terá, certamente, os mesmos contornos... Os ditos pormenores deliciosos que tantas vezes nos fazem parecer apenas nossas...
    A máscara aqui a aparecer... estranho... Mas é verdade, é uma grande definição de máscara... tudo encolheu, tudo escondeu... Poderia entrar aqui numa outra divagação sobre a máscara, sobre a essência por detrás da máscara... :)

    As palavras não terminam, não como os homens, elas experienciam através delas próprias e isso basta-lhes para que não terminem jamais... Os sonhos, mesmo que se sonhe o infinito sem se saber que se o faz terminam um dia, ou transformam-se, talvez nunca terminem... O home é do tamanho do seu sonho diria um alguém... As palavras são do tamanho que lhes quisermos dar, e "nascem" através de nós também levando um pouco do que somos, da nossa história, do nosso eu... Também por isso elas surpreendem sempre... Não há dois instrumentos (pessoas) iguais... nunca poderiam existir duas palavras iguais (percebeste, eu sei que sim)

    Escrever a história das palavras.... Fazemo-lo a cada instante... Talvez só de noite... Mas fazemo-lo... :) (sorriso)

    Pois não a conheço... (ah a mística destas noitadas... o "suporte" será diferente sim, a noite continuará a ser noite, a música a ser música, as palavras a serem... (queres continuar?)...)

    Foi difícil não foi? Muitos das músicas parecem-nos sons, mas depende sempre do estado de espirito, do instante em que são ouvidos... Quantas músicas já se tornaram presença habitual na "jukebox" por significarem algo, por marcarem um momento, sem que tenham de ser sublimes... Fingertips... sim... é um bom exemplo!

    (a Estrela do Mar... deveria ter-me lembrado)

  32. Anonymous Anónimo 

    o meu canudo (quase os meus canudos, mas enfim ... acho q qd acabar agora e começar a escrever a tese vou logo pensar no que se segue) é consequência quase inevitável do que sei. o lugar q o saber ocupa na minha vida é meio ambivalente. porque o q sei torna-me (ainda mais) complexa, e isso ... bem, isso às vezes é difícil de gerir. resgatam-me as palavras :)

    n sei se as palavras alguma vez se apagarão. se entraram em nós n se apagam, n se passa uma borracha por cima do q se crava em nós. podem ser esquecidas, mas somente momentaneamente. daí as conclusões nunca serem definitivas. temos apenas reflexos em movimento, como as sombras da caverna de Platão, mas umas sombras iluminadas por um rasgo de sonho, afinal de lucidez. Viver (nota a maiúscula) é-nos apenas permitido pq somos seres pensantes, falantes e escritores. sem as palavras n vivemos, e mesmo qd apenas vivemos (sem maiúscula) estamos no enredo da nossa história, mas apenas temos um papel lateral, secundário, quase prescindível, ainda q n tenhamos disso consciência. daí concordar muito contigo, as palavras ganham significados diferentes consoante a pessoa e o momento. mas há partilha. se é belo o reflexo mutável da palavra, ainda mais grandiosa é a partilha, ainda que apenas parcial. aí as palavras agigantam-se. e tb nós ... a propósito da máscara, lembro agora o silêncio... mas enfim, n podemos divagar sobre tudo ao mesmo tempo :S é qd retiramos a máscara (alguma vez completamente?) q escrevemos essa história utópica digna de epopeia. portanto, é de noite. à noite vê-se o essencial, o invisível aos olhos ... é por isso q as palavras valem tanto. pq mostram o q o dia ofusca.

    continuar ... sim, posso continuar ... o suporte diferente, a noite noite permanecerá, a música a ser música continuará, e as palavras continuarão a ser os sorrisos q vamos oferecendo, recebendo, partilhados enquanto os guardamos cá dentro (sorriso).

    (n "deverias" .... isso é uma distorção cognitiva. "poderias", apenas isso :P)

  33. Anonymous Anónimo 

    Bom Dia!

    Estou a ver que essa sede de conhecimento não tem fim... Muito bem :)

    Agora que a internet voltou a ressussitar já é de dia, a música ainda não acordou e eu quase que lhe faço companhia na dormência... Mais um dia de férias... Tentar colocar o lado racional a funcionar para enfrentar um sol escondido no céu cinzento... :)

    As palavras... vou deixar a continuação para mais tarde...

    (sim, as partilhas, os sorrisos, a música, a noite... apenas um suporte diferente... que nem tão diferente assim é...)

    até logo

    *

  34. Anonymous Anónimo 

    Bom dia!

    Está sol :( aproveita :P (estou preguiçosa de ir para as aulas, mas lá terá de ser ...)

    Hum, a internet ressuscitou? Q lhe tinha acontecido???

    Sim, de dia as palavras, pelo menos as minhas, ficam dormentes ... só qd trago a noite, e agora n consigo :S

    até logo ;) (q preguiça)

    *

  35. Anonymous Anónimo 

    Não seremos nós também uma espécie de vampiros ao nos envolvermos na escuridão para conseguir a libertação da tão famosa máscara? Talvez tenhamos medo que nos vejam como realmente somos, ou os olhos estejam cansados da luz e se refugiem na escuridão para se dilatarem e verem realmente o mundo... Devoram-se e partilham-se palavras com a escuridão da noite, mas também com o seu brilho... Aí reside a magia...

    Eu penso que por vezes retiramos a máscara completamente... Talvez em condições muito especiais, mas sim penso que já a retirei algumas vezes...

    (boa noite)

  36. Anonymous Anónimo 

    boa noite (n consegui suster um sorriso)

    achas? uma espécie de vampiro? pq? o espelho q intimidamos n é real, ou talvez seja e seja isso q nos faça temê-lo?

    à noite é como se entrássemos noutro comprimento de onda, nos sintonizássemos melhor ... serão as palavras guias e n guiadas? as palavras num jogo de sombras como é a noite ... e a realidade (a existir) altera-se, transforma-se ... sim, magia, é mesmo isso. faz quase ter medo do dia :S

    retirar a máscara? completamente? n. n. n.
    nao mesmo. em última análise, haverá sempre solidão no fundo de nós ... amarga e doce :S

  37. Anonymous Anónimo 

    Sim, uma espécie de vampiros... Não saboreamos as palavras pela noite, pouco a pouco até nos saciarmos? (se é que algum dia nos conseguimos saciar de palavras). O espelo é real sim, acredito que seja... Por isso nos intimida e nos faz temê-lo, talvez por ser mesmo demasiado real...

    "Outro comprimento de onda"... Uma expressão perfeita, sem dúvida. As palavras são guias e guiadas... Deixamo-nos abraçar por elas e deixamos que elas nos guiem para um mundo inimaginável, infinito sem que tenhamos qualquer controlo, sem tentarmos sequer ter esse controle... só assim as podemos saborear na sua plenitude... E por outras vezes guiamos nós as palavras, sem com o devido respeito, sempre com margem para que se possam soltar... mas por vezes elas não se querem evadir assim, querem ser acarinhadas, usadas, guiadas... Devemos aproveitar quando assim é (se bem que nunca temos a real percepção desse acontecimento) e conseguir que elas não se sintam traídas... Só assim poderemos ser guias e guiados... :)

    Ter medo do dia? O dia é tão (quase) importante como a noite... serve igualmente para libertar palavras, estas mais racionais, automáticas, quase nunca escritas, mais pensadas e faladas, e para que o nosso lado racional também desenvolva (olha as aulas :P) e que não nos faça cair num estado de profundo sonho... Digamos que serve para acordar...

    Retirar a máscara sim. Completamente. sim. sim. sim.
    Não acreditarei que nunca retiraste a máscara completamente... Num momento de solidão, de palavras presas, de mudança de ciclo, de lágrimas, de reencontro...

    (ao som de "Frágil")

  38. Anonymous Anónimo 

    Vampiros ... completamente cegos e a beber gota a gota o sangue das palavras. nunca tinha pensado assim, de verdade ...
    O espelho. O reflexo n é o objecto, é isso q me assusta :| tal como no dia. sim, o dia racional. eu n sou (só) assim, eu n sou quase nada assim. o choque: trocava o meu lado racional bem sucedido por um pouco menos de solidão nos sonhos (por um braço no ombro :P). pq as minhas palavras racionais n ecoam nos outros :S enfim ...

    já. n gostei. foi ha demasiado tempo, e parece tão pouco afinal. é ficar em carne viva. será viver? é q qd a minha máscara cai, parte-se em mil pedacinhos (de estrelas, eventualmente). e deixa de ser, tenho de a refazer ... e dói

    "imploro a luz e sigo sempre à sombra" (a minha preferida deles)

  39. Anonymous Anónimo 

    Nunca completamente... sem extremismos claro... que as palavras também precisam de ar para poderem "respirar"... Agora que pensaste nisso podes divagar um pouco, gosto de te ler a divagar (sorriso)

    Trocavas o lado racional bem sucedido por um pouco de solidão nos sonhos? Talvez as palavras racionais também ecoem nos outros, mas de uma outra forma, acredito que sim... As palavras racionais (dito assim parece que as outras são sem sentido) têm outro tipo de magia e de energia... Porque não juntar umas às outras? Assim como acontece com o sol e a lua num eclipse? (e não foi nenhum choque... costumo dizer que "nada me choca" e acredita que é muito difícil :P)

    Não sei será viver... Mas é sem dúvida algo que devemos fazer quando nada faz sentido, quando chegamos ao fim de um caminho e apenas nos parece um labirinto sem final... Tirá-la não implica deixá-la cair, que se destrua... aí então o "cuidado" tem de ser redobrado... É algo que dói imenso... Mas não dói também tê-la colocada a todo o instante?...

    (a luz existe, mesmo que sigamos à sombra saber que a podemos pisar a qualquer instante deve ser algo a ter em conta)

  40. Anonymous Anónimo 

    estranho .... estranho mesmo. pq se nos alimentamos de palavras, se as devoramos e sorvemos, somos predadores. e se nunca estamos saciados, porque nunca estaremos, é como querermos o que nunca teremos. é viver na utopia. e isso tem uma dorzinha aguda, mas q é boa. n será esse acordar (quase) suficiente? acredito q n, mas gostaria de saber q sim. estou a olhar a lua por tras das nuvens, e sinto-me profundamente desperta :)

    nao. as palavras racionais (ou melhor, ditas, pensadas ou escritas em contextos racionais, i.e., de dia) é q têm menos sentido. têm sentido de comunicação, pura. as outras, têm rasgos de partilha. só essas trazem sorrisos. só essas fazem sentir e são sentidas. para mim :S
    n gosto do sol (nem de praia, só à noite), mas preciso dele para viver. tal como das palavras racionais. um eclipse escrito é raro. é qd trazemos a noite escura ao dia brilhante e límpido. e aí as palavras ... oh, as palavras aí são indomáveis. mas é raro. se calhar ainda bem. n conseguimos aguentar tanta emoção, tão pura e potente. suponho eu. é como a paixão pelas palavras, precisa de ser refreada pelas coisas simples, pelos raios da lua, por outras fontes de sorrisos.

    trocava por menos solidão ... mas sei q é impossível. isto é o q eu sou.

    mas nunca chegamos ao fim de um caminho. chegamos a bifurcações, a curvas e contracurvas, o caminho faz-se a andar, n ha caminho. e a minha máscara tem uma particularidade. n sai. só arrancada. e aí parte-se. dói, sim, tê-la a todo o instante. mas dói menos do q tirá-la e olhar ao espelho, ou deixar q os outros me vejam sem ela (vou abrindo umas meias excepções).

    nada te choca? a mim tb nao. talvez pq nem eu me choco, só choco com os outros. embato neles, sou desastrada.

    (essa música é daquelas q ... está cá dentro ... do principio ao fim)

  41. Anonymous Anónimo 

    É quase uma dor sim, aguda mas suave, porque sabemos que ela existe não queremos que ela se vá embora... acabámos por nos habituar a ela e agora é como se fizesse parte de nós, quer dizer faz mesmo. E faz-nos também.

    As palavras racionais têm o sentido de comunicação, apenas esse, sim. Concordo... Talvez seja o lado lunar como já me disseste, mas que é necessário para que possamos sobreviver neste mundo acelerado. Umas trazem risos, outras sorrisos, sim, sem dúvida... As racionais (luminosas) obrigam-nos a ver o mundo como os demais, numa espécie de dormência que não compreendo... Estranha-me saber que há muita gente que pela noite apenas dorme, que não vagueia, que não sonha, que simplesmente se remete a um silêncio imposto e adormece para conseguir estar desperta para o dia... Costumo dizer que dormir é perda de tempo mas nesse contexto (que também gosto de dormir), pois conseguir absorver um pouco da noite, nas palavras, nas imagens, nas partilhas, nos sorrisos é algo que considero actualmente indispensável... e a música... sempre a música a acompanhar... :)

    Será necessário um eclipse escrito para que comeces a escrever o livro que daqui a uns tempos vou ter o privilégio de retirar da prateleira de uma qualquer livraria e sorrir?

    A solidão... oh, a solidão... uma eterna companheira que nunca conseguimos chamar de amiga...

    Não chegamos nunca ao fim de um caminho? Chegamos a pontos sem retorno, a encruzilhadas sem continuação, pelo menos sem a continuação que desejávamos... Nunca consigo conformar-me com isso, desistir, tomar outro caminho porque o escolhido é demasiado sinusoso... e a verdade é que estou sempre a aprender e a descobrir forças que pensava não ter... Também aprendi que o mundo conspira, por meio de mensagens, de "coincidências", de manias mas que só nós podemos decidir se ele vai vencer ou se vamos continuar a lutar contra até vencer... como tenho muito mau perder não desisto :P

    Abrindo umas meias excepções, tentando e testando... que também faz falta o ar puro directamente na cara... Viver. Talvez não doa tanto tê-la colocada, mas quando a podemos retirar e saborear a visão dela sem mágoa é algo sublime... Talvez também não aguentemos tanta emoção muitas vezes e por isso nos habituemos a viver com ela colocada sempre...
    Eu sou um sonhador, e acredito que um dia conseguirei retirar a minha por tempo indeterminado e mesmo assim não temer o mundo...

    Desastrada? :P

  42. Anonymous Anónimo 

    lá está, essa dor(zinha) melancólica e suave lembra-me q n existe perfeição plena, apenas fugaz. como fumo, as palavras são como fumo, como disse o Ricardo num texto q transcreveste despreocupadamente. mas doer lembra-nos que estamos vivos e despertos (a lua ...), ainda q incompletos, sempre incompletos.

    a dormência ruidosa do dia, olho novamente a lua. para quê e porquê? pq supostamente somos seres racionais. com expectativas na sociedade. com hierarquias e regras q sufocam e fazem confusões no sentido real que existo. ameaçam a noite q transporto. ver como os demais. ver o quê ... "eles" olham, mas n vêem, ouvem, mas n escutam, sentem, mas n apreendem. riem, mas n sorriem. como quem n presta o devido tributo às palavras.
    adoro dormir :D então de dia ... a noite é para trabalhar(-me). para acordar. a dorzinha de novo.

    nunca seria capaz de um eclipse literário. tu, talvez, acredito. eu? nao. pq os meus rasgos de "genialidade" são efémeros, n duram o suficiente para se tornarem inesqueciveis para a maioria dos que compram livros. mas, a escrever (hj em dia qq pessoa debita palavras), n será preciso ires a uma livraria para o teres ;)

    o caminho ... olha-se para trás e sabe-se q n se volta lá. e no sinuoso está a conquista. o mérito. o ser maior. somos nós o caminho, e n ha fim para este percurso sinuoso q por vezes se endireita (apesar das linhas serem tortas, as entrelinhas são as mensagens que as linhas escondem ... só quem está atento as lê). mau perder? existe bom perder? haha se ele venceu o mundo, pq n havemos nós de o fazer? :)

    sublime. uma palavra de q gosto mt. tanto q é raro utilizá-la. olhar sem mágoa. sem dor. sem medo. ver, enfim.
    sonho ousado. como devem ser os sonhos. acho q ainda será o mundo a temer-te :) quero estar lá para ver ... a sério

    (sim, desastrada :S, em sentido lato e literal ... olho a nódoa negra da minha mão e penso q cada um de nós trata das suas nódoas negras sentimentais)

  43. Anonymous Anónimo 

    Mesmo sem existir perfeição plena devemos procurá-la sempre... Só assim conseguiremos ter um objectivo e um sonho ao mesmo tempo... Só assim descobriremos que o fumo também embacia as vidraças, não se dispersa totalmente... Como as palavras... Estaremos sempre incompletos, estaremos sempre a construir o puzzle da Vida... ou por outro lado seremos um bocadinho como a lua... sempre completos mas demasiadas vezes com "partes" ocultas...

    A civilização... é verdade... massas humanas sempre em deslocação, muitas vezes sem propósito algum, apenas o de consumir as horas, de conseguir chegar à noite para dormir... E muitas vezes acumulam tanto do dia que nem conseguem dormir mas mais que isso não conseguem também um estado de paz antes de adormecerem.... É estranho sim, penso que há muita gente que nunca se questionou acerca disso, o porquê e para quê... Eu sei que vamos acabar por ser todos autómatos, figuras humanas tele-comandadas e completamente dependentes das tecnologias e da pseudo-evolução... Restarão apenas umas poucas, capazes de beber palavras, capazes de observar a lua sem pensar que é apenas um astro onde se colocam bandeiras... Talvez aí comece a nascer uma nova civilização, um novo mundo... Mas são tudo utopias claro, que a vida é feita delas (também) e nelas me refugio para poder sobreviver nessas horas onde a luz do dia impera...

    Durmo muito pouco, quase nada mesmo, porque os dias começam cedo e as noites terminam tarde... Mas acima de tudo quando durmo descanso... Já explodi, já implodi, já consegui respirar... Melhor que qualquer calmante :P

    claro que serás capaz de ter um eclipse literário... ou vários... Talvez um livro de pequenos textos, compondo um todo... (ficaste de me dizer o nome de um livro de pensamentos...) Porque sabes tão bem como eu que as tuas palavras não são efémeras... Há magia nelas e é tudo o que basta para serem geniais (e também fazem sorrir ...) e imortais.
    Debitar palavras... tsss tsss... que expressão!! Um dia destes espero recebê-lo então das tuas mãos...

    Sim, no sinuoso está o mérito... mas também a dor e o sofrimento que tentamos fugir... Há caminhos tão sinuosos que só nos apetece virar no próximo cruzamento.... Encontrar algo fácil, nem que seja para restabelecer, mas logo acabamos por descobrir que assim nem vale a pena trilhar... O caminho endireita-se sim, talvez para nos deixar respirar, mas por tão pouco tempo que muitas vezes achamos que ele continua torto tal é a habituação... (as entrelinhas... já te disse que sou viciado em entrelinhas?) Não existe bom perder pois não ? Perder é sempre perder... Antes quebrar que dobrar... conhecer o sabor da derrota implicada pelas nossas mãos é tão terrivel como deixar de gostar de voar... (ou de tentar)

    Sonhos ousados... muitas vezes em demasia, se é que existem demasias para os sonhos... já que o infinito é o limite e este não conhece limites... Muitas vezes é um pouco como o horizonte, alarga-se conforme vamos subindo... e a Vida fica mais dura perto do topo... bastante mais... Mas só assim valerá a pena!
    O mundo a temer-me? ahahah (gargalhada)

    (uma nódoa negra na mão? essa história quero saber :P) As nódoas negras sentimentais... queres divagar por aí? :)

  44. Anonymous Anónimo 

    ui (por onde começo?)

    costumava dizer q era como a lua. somos como a lua. contornos indefinidos, mutantes e cíclicos. ocultos, existem sempre restos, de nós, dos outros ... mas a lua por vezes vê-se durante o dia. nunca desaparece totalmente, na realidade, apenas o sol racional tem de brilhar mais. brutalmente. queima. a lua n ... mas tb n aquece, lá está, n serve à massa humana ... a q se irá queimar. n nas tecnologias, como agoiravas, mas na desumanização do seu próprio eu. olhamos para o lado, e n ha compaixão, n ha amor, n o amor romântico, o amor humano, o q ecoa no riso de uma criança qd rodopia nos braços de alguem. n há. caiu em desuso. como as palavras. mas por selecção natural, serão esses, a maioria, q restarão. nós (posso usar o "nós"?) somos a espécie em vias de extinção, mas n temos campanhas milionárias para nos proteger enjaulados. temos de fugir, e o nosso habitat é a noite. somos os vampiros, mas somos tb os deuses, pq é em nós q o mundo ganha sentido ... nas nossas palavras, as q lemos, as q dizemos, as q devoramos ...

    dormes pouco? qm me dera conseguir :S os meus dias n começam cedo, nem mesmo qd deveriam ....

    o livro ... n me esqueci ... mas o único q me passou pelas mãos foi o do alberoni, público e privado, e n o achei mt bom :S n é mau mas .... hummm ...
    das minhas mãos? ah sim ... qq um debita palavras, é verdade. n q seja o q nós fazemos! nem pensar! mas refiro-me aos livros pop-up ... agora qq um escreve um livro. um conjunto de folhas, nada mais :S

    as entrelinhas ... sim, ja tinhas mencionado essa relação com elas. eu ainda as estou a descobrir, ou talvez elas a mim. o caminho n se endireita por si, somos nós q o endireitamos. lá está, nos somos o caminho, mas tantas vezes temos medo da responsabilidade e liberdade inerentes a essa construção q nos esquecemos. e arrastamos os pés num lodo q n sabemos de onde veio, e n acreditamos q talvez, só talvez, se o olharmos de frente e fizermos um esforço, os pés alcançarão novamente terra firme. mas é preciso uma clarividência imensa para isso, um abandono do imediato (ou um seu abraçar) ... isso é o perder ... é o nunca lutar, é o não ter fome de mais (oops, ja a preparar mentalmente o concerto de toranja =) amanhã). é encalhar sempre no mesmo sempre.

    sonhos ousados, sim, porque não? se n forem ousados, serão sonhos? ou apenas trajectos? no cume o ar é rarefeito, sim. mas vale a pena, e mesmo q n cheguemos lá, ao menos caminhámos para lá, e só isso nos fez elevar um pouco mais...

    a minha nódoa negra ... estava a passar no corredor de casa e tinha-me esquecido de fechar a gaveta da cómoda. n vi a gaveta. bati com a mao e arrastei a comoda uns centimetros só com o ossinho (q n sei o nome) q liga o indicador àquela partezinha um pouco acima do pulso. é uma comoda altinha ... até me doi a mao só de lembrar, mas o gelo fez maravilhas :)

    as nódoas negras sentimentais? ora :S são aquelas chagas q de vez em quando se reabrem, outras personagens, mesmo enredo, se bem espremido. e nunca se curam, cicatrizam, mas ficam cá. cicatrizam à custa do endurecimento da máscara tb. cicatrizam no frio q se vai instalando a pouco e pouco, e q só aquece de noite ...

    (amar é bom se houver no fundo de um de nós alguma solidão, mas q raio, logo agora? :()

  45. Anonymous Anónimo 

    A desumanisação do próprio eu deve.-se muito às novas tecnologias, embora esteja ligado a elas por motivos profissionais e elas me fascinem (talvez não seja bem o termo...interessam-me), sei que a adopção de muitas destas tecnologias trouxe esse mesmo problema, porque estamos sempre contactáveis, porque estamos ligados ao mundo todo, porque conseguimos rapidamente descobrir onde é qualquer lugar, qualquer evento... perdem-se muitas conversas, contactos, trocas e partilhas com esse tipo de tecnologias, sabemos sempre onde está a nossa cara-metade, e com sorte até com fotografias e em tempo real, perde-se a angustia de não saber dela durante horas para depois o reencontro ser mais efusivo, isto só para citar um exemplo... É também um pouco como tu dizes, a compaixão e o amor romãntico caíram em desuso... talvez porque também não temos amor-próprio... e não se dá o que não se tem... por muito que se tente...

    Somos uma espécie em vias de extinção sim, e fugiremos sempre para o escuro, tentando encontrar um lugar seguro onde possamos ser verdadeiros, como todas as minorias seremos olhados com diferença, mas isso porque os demais nunca poderão saborear uma palavras... apenas debitá-las! :) O mundo ganha sentido connosco? Será? Ou tentamos pensar como se assim fosse para não cair na tentação de utilizar uns óculos escuros e abraçar o dia, racionalmente, e esquecer a noite por completo? Marionetas. Sim, marionetas. Seriamos apenas umas marionetas sem sentido de Vida, sem Sonho... mas também seria mais fácil, um trilho a direito... acordar, trabalhar, dormir, acordar... ciclos curtos, inexistências dentro de uma pseudo-existência... naa... não me seduz... o caminho fácil toda a gente o pode trilhar... mas o que seria de nós se o utilizassemos? Poderemos utilizar máscaras, disfarçar, tentar até negar... mas a nossa existência não foi feita para sermos marionetas... Porquê sobreviver se podemos Viver?

    Durmo pouco sim... ou melhor descanso pouco, porque como costumo dizer "informático não dorme" :P

    É verdade que qualquer um escreve um livro... Quando vi há pouco tempo um livro da Fátima Lopes lembrei-me exactamente disso... É estranho... parece que agora escrever livros é sinónimo de ganhar dinheiro fácil... Talvez um dia tudo volte ao normal e deixem os livros para os génios novamente... Talvez quando sair o teu livro... Já pensaste nisso? Revolucionar? :)

    E estás a gostar das entrelinhas? É preciso ser hábil, muitas me escapam...Às vezes perco-me nelas e gosto... Como no caminho.... muitas vezes também nos perdemos no caminho e gostamos... tudo está confuso, distorcido mas parece-nos bem... há um objectivo a cumprir... encontramos a saída nos respiradouros quando não ela não existe no final do tão aguardado tunel.... Precisamos olhar o caminho de frente sim, e ter a plena consciência que ele é feito por nós... mas quantas vezes apetece apenas "deixá-lo pensar" ?... E voltamos a estar encalhados nesse sempre... :)

    Há sonhos que não são ousados... espera... deixa-me pensar... Sim, os sonhos são todos ousados... alguns tão ousados que chegam a ser utopias... sonhos que não são ousados.... serão sonhos facilmente concretizáveis? (existem?)

    ahh, desastrada não... distraida :P

    as nódas negras sentimentais estarão cá sempre... podemos até chamar-lhe cicatrizes... quando pressionadas com a força certa e no momento exacto voltam a doer... enfim... teremos de viver com elas para sempre... mais vale habituarmo-nos :)

    (não há coincidências... não te disse?)

    espero que o concerto dos Toranja esteja a ser bom :)

    *

  46. Anonymous Anónimo 

    bom dia!!!

    o concerto foi ... foi ... nem sei ... se alguma vez foste a um concerto deles, entendes, se não, tens de me dar tempo para pôr em palavras :( fez-me mt bem ir ... mesmo :) e dp vir dormir pq estava cansada (tenho outra nódoa negra, agora num dedo, acho q o desloquei a bater palmas ... desajeitada sim! :))


    o mundo ganha sentido connosco sim. estou a escrever de dia, com sol e calor, e acredito nisto tanto como quando escrevo com a lua ao meu lado quase a sussurrar-me as palavras. n somos marionetas (escrevi sobre marionetas ... há n mt tempo atrás), sentimos, agimos, pensamos (às vezes demais). é assim q sabemos q somos humanos. frágeis, mas fortes. algo mais, somos algo mais. e todos o poderiam ser, se ouvissem essa vozinha lá dentro, e n o ruído lá fora, q polui mais q insere socialmente... como as tecnologias (confesso q eu e as tecnologias enfim ... nao somos propriamente amigas, mas enfim, como te disse, eu nem o telemovel gosto de ter ligado). o meu lado anti-social vinca-se qd olho para os outros, e atenua-se qd trabalho. tenho uma fé imensa nas pessoas, e é na dúvida e na mudança q essa fé se consolida ...

    livros revolucionários ... houve uma exposição no CCB, há uns anos, sobre os livros do século, ou os livros mais importantes da história ... em primeiro plano estava o mein kampf (q um colega altamente interessado [ironia] me perguntou se queria dizer "a minha luta"). o mein kampf é um livro revolucionário, tal como os diários de taylor ... revolucionário é um termo perigoso ... livros tocantes (como o do josé régio, q a tua mana citou despreocupadamente), esses passam despercebidos. n voltaremos atrás, n mais os livros serão fonte, antes restos. só para nós serão algo mais.

    sou uma novata nisto das entrelinhas, pq gosto de divagar demais, e dp prendo-me nas incertezas, talvez racionais. mas gosto do incerto, do espaço q elas me dão. um dia, um dia chego lá, à arte de surpreender as entrelinhas tanto como elas me surpreendem a mim ... até lá, estou "cada vez mais aqui" (faltou essa no concerto, entre outras)

    n me resigno às nódoas negras sentimentais ... nem por sombras ... o fraco em coisa forte, lembro-me sempre disto. elas mudam-me, transformam-me, mas continuo a ser eu. e aprendo (como diria o manel cruz, n me arrependo meu amor, n me arrependo, mas q eu aprendo, podes crer, isso eu aprendo). n me resigno nem me habituo. luto contra moinhos de vento? talvez, mas assim tenho um sentido e um propósito que definam os meus sentimentos menos doces ... é assim :P

    as coincidências são como os sinais de trânsito. só as sabemos interpretar se estivermos alertas. sempre alerta!

    ;)

  47. Anonymous Anónimo 

    Boa Noite!

    Regressado das mini-férias, do sol e da chuva, principalmente dos "dias"... :)

    Penso que haverá o renascimento dos livros sim, como fonte ou ajuda, principalmente para mudar as pessoas, para que estas possam mudar o mundo como disse uma vez o Mário Quintana. Um dia eles voltarão a ser únicos e especiais e os pseudo-livros voltarão para as caves escuras de onde nunca deveriam ter saído. O consumismo conseguiu destruir muita coisa, até abalar a fé de algumas pessoas, e submergiu massas a simples marionetas... Sim, pensamos e agimos e pensamos, mais que isso até, mas somos apenas marionetas no espectáculo da vida... Ela segue o seu curso, os cordéis não são miovimentados por nós... a liberdade que temos é sempre condicionada, por um factor, um acontecimento, um sentimento... poderemos chamar fios a tais acontecimentos... Até o caminho é uma encruzilhada de cordéis que se interlaçam para que possamos caminhar, por vezes soltam-se, desfazem-se...

    As transformações? Sim, existem, mas são muitas vezes lutas contra moinhos de vento como tão bem disseste, faz falta acreditar, faz-nos bem acreditar... mas até que ponto?

    *

  48. Anonymous Anónimo 

    bem haja!

    :D:D:D:D é tão bom ler-te por aqui ...

    infelizmente vou agora dormir, so agora vi o teu comentario (qual comentario, a tua resposta, hihi).
    mas vais-me dar q pensar, mais uma vez :)

    espero q as ferias tenham sido boas ...

    só um pormenor, acreditar pq é preciso, pq sem essa crença, o amanhã é tão cinzento como o ontem. não quero saber de mais nada, a n ser q amanhã pode ser melhor. é nessa possibilidade improvável que os sorrisos nascem e q os fios das marionetas se soltam :)

    até amanhã ?

  49. Anonymous Anónimo 

    O amanhã é tão cinzento como o ontem se não acreditarmos? Talvez...

    Li há uns dias "O hoje é o amanhã que ontem nos preocupava tanto"

    Até amanhã não, até logo!

    *

  50. Anonymous Anónimo 

    Estou a pensar nessa frase ... é muito simples, torna as coisas mt simples, os dias mt simples, quase passivos, como se houvesse um certo alívio nessa realidade que se prende apenas à existência. Claro q ultrapassa a questão lógica e semântica, mas falha na mudança, na noção de renovação. N sei ... n sei mesmo. Hei-de pensar mais nisto.

    A questão dos fios de marionetas ainda vai levar muita água a correr sob as pontes ... humm ... tb tenho de pensar nisto, só tenho ainda umas luzinhas ;)

  51. Anonymous Anónimo 

    É muito simples sim, porém não pode ser levada na simplicidade para se perceber, porque os dias não são passivos, nem pacificos (outra estória), e não podemos esquecer nunca a questão da mudança, claro que não... Mas essencialmente é uma verdade que não podemos negar.. Esperamos sempre que chegue o "amanhã" porque "amanhã" é que vai ser diferente, as coisas vão avançar, acabamos por sofrer por antecipação e acabamos por nunca estarmos preparados para o "amanhã"... Nem nunca estaremos porque a vida não é constante (podes colocar a maiúscula no v) e tudo se altera a cada instante...

    Nunca estamos preparados para as partidas da vida (outra maiúscula sff), para os desígnios Dele, para os fios interlaçados das cordas que fazem o corredor da nossa existência... Há alturas em que só conseguimos perceber que tudo tem uma lógica (as linhas tortas) quando ela já deixou de existir, mas logo de seguida descobrimos uma nova lógica, um novo propósito, um cordel que se desembaraça sem sabermos como nem porquê mas que fica lisinho como um seixo...

    Está confuso, a cabeça em mil pensamentos, um calor abrasador (que bem se estava na praia) não me deixam com grande capacidade para raciocinar... Apenas palavras turvas...

  52. Anonymous Anónimo 

    Oh! Tinha escrito uma "resposta"... Era meia confusa mas tinha escrito... Desapareceu entre o "post" e o "processing..."

    Se não quis ficar eu faço-lhe a vontade... Fica para mais logo... Assim sempre te dá tempo para pensar :P

  53. Anonymous Anónimo 

    estou numa fase mais céptica do que gostaria ... o amanhã diferente, sim, deve ser a crença mais arreigada que neste momento me ocorre. a necessidade de acreditar nisso é tão abrasadora como o sol, se bem que dum nos podemos proteger, e do outro apenas nos podemos tentar esconder em vão.

    ninguém tem a culpa de o amanhã nunca chegar, e o barro das nossas mãos é o hoje, sim. é imutavel este aspecto. mas delegar no amanhã toda a responsabilidade que é nossa e das nossas mãos é sempre apetecível, ainda q perigoso. n são incompatíveis as nossas opiniões. pq neste hj se desenha o amanhã, sem no entanto ser toldado por rasgos de determinismo e estagnação. sofrer por antecipação a pré-ocupação preocupada (há por aí um sítio q contrasta, n sei se já deste por ele :P). é um velho hábito humano. quase necessário. inato.

    Nunca estamos preparados para as partidas da vida? concordaria mais se retirasses o nunca. as partidas por definição implicam surpresa. mas podemos estar preparados. a vida n tem de fazer por nós, antes o contrário. e os desígnios d'Ele são os nossos, sem duvida. mas n acredito q os fios nos façam prisioneiros mais do q a ausência da nossa vontade. é fácil ser preso e ir na corrente. e qtas vezes nos apercebemos q afinal nem sequer estávamos presos. claro q ha vezes em q pensávamos ter já roído a corda e afinal apenas a apertámos mais. essa ilusão n é uma partida da vida. é presunção nossa, mas às vezes a ilusão é precisa (e preciosa).

    tb n estou a raciocinar mt bem, deve ter sido de acordar cedo :S e, como te disse, estar numa fase entre o céptico e o esperançoso. devia haver um nome para isto ...

    (acho q a tua resposta apareceu, mas pode ser ilusão de óptica)

  54. Anonymous Anónimo 

    (pois apareceu... parece-me que a ilusão de óptica foi do meu iexplorer)

    Uma fase céptica? Hummm... Colocar demasiada racionalidade no que nada tem de racional? Ou estou apenas a divagar sem sentido?

    O amanhã chega sim, quando menos esperamos o amanhã passa a ser hoje, mas não estamos preparados para ele, é um falso engano tentar prever, racionalizar, antecipar, para estarmos preparados quando ele chegar. Nunca acontece no momento certo e preciso que imaginámos, esses desígnios nunca conseguiremos desvendar. Aí também reside alguma magia da Vida, porque com a previsibilidade nada teria o gosto do mel, da vitória. A luta constante por um lugar na estreita elite dos Felizes é dura, por vezes demasiado dura.

    A Vida prega-nos partidas sim, talvez algumas sejam condicionadas e fabricadas por nós, e apenas optemos pelo factor surpresa de livre vontade, mas muitas não são por nós proporcionadas, e não, nunca estamos preparados para elas, pela surpresa, pelo choque, por tudo. Podemos sempre habituar-nos a ser surpreendidos todos os dias e cada "meta" ser encarada com naturalidade, como se o caminho já tivesse sido trilhado diversas vezes. Mas quando caímos em nós, no amargo da escuridão, ou no calor do dia, acabamos por perceber que não estávamos preparados... O que não quer dizer que não abracemos essas surpresas como aprendizagens... A pré-ocupação preocupada esgota, mata aos poucos, quando se torna real, sem ser antecipada é diferente... já sofremos demasiado... é inato sim, mas um pouco triste...

    Apertar a corda quando pensamos estar a libertar-nos dela acontece demasiadas vezes, nunca temos a noção de o estar a fazer, acabamos por nos sufocar sozinhos, esperando pelo amanhã, por um desígnio "a nosso favor" e perdemo-nos na maré alta.... ir com a corrente é fácil... é como dormir... "Acordar é bom, mais facil é dormir, mas nem dormindo estamos sós"

    Não vivemos constantemente numa ilusão? Seja sentimental ou social?

    (a fase entre o céptico e o esperançoso? acho que não há um nome para tal fase... é uma fase de transição...)

  55. Anonymous Anónimo 

    espera ... só ver a palavra felizes (e com maiúscula) assustou-me ...

    uma fase céptica sim, mas apenas uma fase ... daquelas em q n acredito nas marionetas mas me sinto uma ...

    como podes dizer q as coisas n acontecem no momento certo? elas acontecem SEMPRE no momento certo. SEMPRE! claro q raras vezes ocorre ser no momento q nós chamaríamos certo, mas lá está, aprendemos. e levantamo-nos (ou n, mas enfim). às vezes n precisava do gosto da vitória. chegava-me só o da serenidade. n gosto de combates, n tenho meias medidas ou meio termo q me refreie. vitória é demasiado bélico, e a luta da vida nada é senão lutarmos connosco, com os nossos erros. as lutas q travamos com os outros são lutas com as nossas expectativas. somos demasiado centrados, e ainda q seja preciso por vezes, às tantas somos mais do q seria necessário. peço-te q leias estas palavras enquadrando-as nesta tal fase q preferia da qual preferia n me ter apercebido. e para a qual n estava preparada, n ... nem sempre estamos de facto preparados. mas quando o estamos é bom, nem sempre fruto de ilusão. é sermos mais perspicazes, mais dóceis e mais crentes. apreender as novidades n como partidas, mas como oportunidades, como elementos chave. hmmm, estou a divagar. mas a preocupação é, de facto, um descritor básico do ser humano. consegues antecipar um dia sem q te preocupes, i.e., te pré-ocupes?

    constante ilusao. depende. aguentaremos saber isso? e ilusao é necessariamente contraposta a realidade? pq é so isto q conhecemos, almejar mais do q esta ilusao tao real para nos como o q vemos, cheiramos, saboreamos, é renunciar ao tudo q construimos e destruimos. esta ilusao é o brilho nos nossos olhos... (e agora poderia dizer q iludidos n somos nós de verdade, mas enfim ... sonhar seduz a paz, embora no fim do sonho olhemos cegos para nós e n vejamos nada além da tão real ausência de outra luz)

    n é de transição, é de saturação, há-de ser tempo de nascer (esta é a minha eleita de ornatos violeta ... do principio ao fim) e aí verei o q restou :P

  56. Anonymous Anónimo 

    assustou-te? Podemos ser Felizes sim, muito mais que apenas felizes.

    Acontecem no momento certo que para nós não é o momento certo, ou seja não acontecem no momento certo, porque caímos no falso engano de nos apercebermos (mais tarde, bem mais tarde) que afinal era o momento certo em que aconteceram mas aí já estamos condicionados pelo que aconteceu depois e nunca saberemos como teria sido se tivesse acontecido no nosso momento certo...
    Mas quanto a isso nada podemos fazer, talvez um pouco marionetas, lá vamos lutando, por nós, para nós... Acabamos por perceber que estamos sempre a aprender, a cair e a levantar... Que não há nada que se possa fazer quanto a isso... (ir na corrente talvez...)

    A serenidade... Oh, a serenidade... É quase como encontrar um equilibrio dentro de nós, talvez uma ilusão que desejamos alimentar, para que possamos (sobre)viver, eu penso que a serenidade é como a felicidade, há pequenos momentos em que nos abraça e outros em que nos sufoca, sem esquecer que muitas vezes desaparece... Mas só depende de nós, da nossa luta (sem significados bélicos) pela vida, pelo desafio que é a vida.
    Expectativas nos outros... Sim, porque não? Eu gosto de criar grandes expectativas em relação aos outros, gosto de acreditar na humanidade, nem sempre caímos no erro, há sempre alguém que nos surpreende, que nos faz acreditar que vale a pena continuar a criar expectativas, a criar esperanças... Há sempre um brilho especial que espera por nós...

    Nunca sabemos se estamos preparados até chegar o instante em que nos apercebemos se realmente o estavamos ou não... Temos que caminhar sempre sobre uma ponte, a mil metros do chão, numa alucinação de vida... :)
    Muitas partidas são oportunidades, sim concordo, tentativas de Alguém para que possamos crescer e aprender... As tais linhas tortas que insistem e persistem em (me) perseguir...

    Um dia em que não me preocupe? (gargalhada) Pois, não consigo... Despreocupar-me só mesmo por instantes, quase golfadas de ar puro... É inato do ser humano sim... Tenho de concordar :S

    Não aguentamos saber que vivemos em permanente ilusão, nunca aguentariamos, pois nessa falsa certeza residem alguns pilares bem importantes da nossa vida, aprendemos a sustentá-los dessa forma, como castelos de areia desenhados no ar... O que seria de nós sem a ilusão, sem o sonho e as utopias? Fotocópias. Nem marionetas. Apenas fotocópias. Não consigo pensar no fim do sonho (os finais...) na luz que cega e incendeia quando o trilho não tem mais cor... prefiro acreditar na renovação dos ciclos, intermináveis... se bem que quebrar um ciclo antes do seu final é algo que também seduz... (sim, era uma divagação)

    Tempo de nascer... Restarás tu... A mesma essência, um outro realinhamento de "estilhaços"... quando passa a tempestade sobramos nós, mas não somos nós, apenas um "eu" diferente, porém igual...

    Saturação de? (ups, já me estou a meter onde não devo...)

  57. Anonymous Anónimo 

    :)

    vou sair, inspirar um pouco de realidade. mais pelo fresquinho respondo-te :)

    n temas, as perguntas sao para se fazer ... :P

  58. Anonymous Anónimo 

    dp de ter ordenado ideias (ou desordenado, talvez) ...

    a felicidade é uma utopia. e a utopia é intangível, serve para nos impelir, para nos fazer avançar. agora, Felicidade, esse é um conceito bem mais estranho. n acredito nele aqui. ainda nao.

    o nosso momento certo. sim, mas qd percebemos como as rotas e os fios se entrelaçam e tecem momentos, esse momento passa a ser o nosso. condicionados? talvez alertas ... talvez mais sábios. condescendentes com o q n podemos controlar, ainda q nunca abdiquemos totalmente :) aí encontramos serenidade, na perspectiva q adoptamos, a de abraçar o q nos é dado, a de n nos castigarmos (e aos outros) pelo ajustamento de expectativas. somos ao mesmo tempo tiranos e levianos relativamente ao q somos e pensamos q somos. somos condescendentes demais e punitivos demais. somos um bicho estranho, e eis como a humanidade se encerra no q de mais belo e perigoso tem ...

    bom, e agora a reler vi um pedaço de toranja ... e digo-te q tiveste a mais apurada pontaria q tenho encontrado :O (enfim, enfim, enfim, repito para mim mesma q n existem coincidências). e lá está, quando as ouvi resolvi gostar quando as senti fiquei a amar ... isto diz tudo. tudo mesmo, é neste momento q tudo faz sentido mesmo qd se desmorona, há beleza em tudo, mesmo na queda, pq o depois é tão mais potente qt mais acreditarmos na sua possibilidade (ok, esta musica faz-me mesmo divagar, mesmo mesmo, e agora vou perder-me, portanto vou continuar pela ordem q escreveste senao ...)

    eis q concordamos na necessidade e inevitabilidade da ilusão. acho q se n concordássemos n ganharíamos o tempo q temos trocado ... arrisco a dizer antecipadamente q concordas (e n, n me preocupa de pré-ocupar)

    tempo de nascer ... raramente a cito, bem, n tão raramente como isso. mas é das junções de palavras mais cruas e doces q tenho encontrado. e por enquanto, sou eu. sim, sou eu e por enquanto mais do q alinhamento de estilhaços (mas gosto da imagem, hummm), sou a cola q os sustenta.

    saturação de avanços e recuos na corda. saturação de coisas de mim. saturação. de tudo e de nada. saturação de incoerências ... oh, n ligues, talvez dp te explique ;)

  59. Anonymous Anónimo 

    A Felicidade não é uma utopia, não é um estado estável, algo que se conquista e que fique connosco para sempre, é composto de instantes, de momentos, de pequenos pedaços de nós... Mas é atingivel, completamente... Temos de buscá-la sempre, e alimentá-la sempre porque também é muito gulosa e insaciável...

    Condescendentes com o que não podemos controlar? Ou tentamos sempre controlar (aqui sim, utopicamente) o que não é destinado a ser controlado por nós? Queremos sempre mais, e subir sempre os degraus que nos farão dar uma queda maior, mas quando conseguimos erguer-nos num desses degraus a linha do horizonte alarga-se, somos maiores, e criamos mais expectativas no degrau seguinte.
    Muitas vezes as cordas entrelaçam-se de tal forma que achamos não haver mais saída, nada que nos faça lutar... É nessas alturas que temos de descobrir que afinal há uma força dentro de nós maior e que os ciclos se transformam, regridem e progridem... Não há ninguém que não tenha provado o travo amargo da melancolia, assim como não há quem não tenha provado o doce sabor do mel da Felicidade... mesmo que tenha sido apenas um roçar, uma aproximação...
    Quem nada tem, qualquer coisa parece-lhe tudo, porque somos sempre pessoas diferentes, o nosso tudo pode ser composto de pequenos nadas... O que interessa é que seja para nós um tudo. Nada mais interessa.

    Sim, concordo. A ilusão faz parte de nós, não podemos caír nela como único pilar da nossa vida, mas temos aprender a viver com ela e a usá-la para nós, por nós. O tempo raramente se perde... mas isso é uma divagação para mais tarde... :)

    A cola que sustenta os estilhaços, sendo que os mesmos são pedaços de ti, portanto, também os estilhaços és tu, e se existe cola já não são estilhaços mas uma nova forma... Sonhar seduz a paz sim mas mais que isso, torna-nos mais receptivos, mais velozes, mais "nós"... Quando imploramos a queda pensamos no tempo de nascer novamente... Nada mais simples que isso... Não queremos ficar caídos sem forma ou feitio... Ou como diria um outro alguém a minha vida é a maior empresa do mundo e só eu posso evitar que vá à falência.

    Disseste-me tudo e nada... Talvez um dia me expliques :)

  60. Anonymous Anónimo 

    ui ... mel da felicidade ... e eu q nem gosto de mel ...

    condescendência sim, pq é a meio caminho da resignação e do conformismo, sem o ser. estou profundamente desinspirada e demasiado acordada pq há luz, mas creio q o tudo q falas nunca alcançamos. nao deixar de escolher entre o tudo e nada, como diz uma música, será mesmo assim? para nós ser tudo é utópico, prezável e admirável ... ainda q complexo.

    vou ao café, ja volto, hj tenho de escrever :)

  61. Anonymous Anónimo 

    E da Felicidade?
    E será que não o é (a condescendência)? De uma forma desimulada?

    Ainda há luz a esta hora? Estou há demasiadas horas sem ver a luz (ou a sua ausência) do dia, mas encontro-te por cá mais tarde que por esta hora ainda é complicado conseguir absorver-me nas palavras, ainda há demasiadas "coisas" pendentes... :)

  62. Anonymous Anónimo 

    hehehehe ... sim, havia luz. felizmente n ha agora ... felicidade condescendente? n acredito, a felixidade, a existir, é pura e límpida, cristalina e indefectivel ... suponho eu :|

    ok, qd as coisas deixarem de pender, estou p aqui, algures entre um lado e outro

    :)

  63. Anonymous Anónimo 

    Felicidade condescendente? Onde é que está isso escrito?

    Perguntei se gostavas do sabor da Felicidade... Não que ela era condescendente!
    A Condescendência era com o que possivelmente não controlariamos, mas no qual caímos sempre na utopia de tentar controlar...

    A Felicidade, que existe, é pura e límpida sim, acredito nisso... Porque há sempre momentos em que a abraçamos e que "vivemos" com ela... Não há nada como conseguir chegar até ela :)

    Temos de escolher entre o tudo e o nada? Desde quando? Não há apenas extremos!

  64. Anonymous Anónimo 

    ok, cito o que me enganou: "E da Felicidade? E será que não o é (a condescendência)? De uma forma desimulada?" ... :S erro meu (acordar cedo tem destas coisas)

    mas lá está, conseguimos alcançá-la. dizes q a podemos roçar, tocar ao de leve. e eu quero acreditar, mas um lado de mim veementemente nega que a possamos verdadeiramente abraçar. pq alcancá-la e simplesmente frui-la é quase matá-la (as cores q perdem o brilho), e portanto nunca lá chegámos. e a chegarmos, n nos aperceberemos. confuso? é capaz, isto hoje, oops (sorriso, entre o cansado e o sonolento)

    nao há apenas extremos, mas nao podemos estar meios. ou seja, n há meio feliz, n há meio triste. as coisas são ou n são, podem é ser mais ou menos, dentro do que são. como o copo, vazio. quase vazio. mas um pouco cheio. portanto está cheio. pouco cheio, mas cheio. quase o terceiro excluído humano. n há morno, tépido, insípido. ou há-o em demasia. é neste sentido que ouço a música. definitivamente. claramente. :)

  65. Anonymous Anónimo 

    (acordar cedo?)

    Conseguimos alcançá-la sim, tocar, sentir, provar e finalmente abraçar... Não num abraço para sufocar de uma forma que quase a mate... (o que por vezes também é possivel) Mas num abraço que sabe bem, que nos conforta e nos faz lutar por outro, que a Felicidade tem de ser alimentada, conquistada sempre. Sempre mais e mais. Muitas vezes não nos apercebemos que lá chegámos, quando percebemos que a tinhamos abraçado já a tinhamos perdido... Mas aprendemos... Sim, aprendemos... E vamos conseguindo descobrir o que nos faz Felizes... E é com esses pequenos ensinamentos que vamos vivendo de forma a procurá-los sempre...
    É uma luta incansável, parece sempre pouco, sabe sempre a pouco mas enche-nos com esse pouco e torna-se muito... Torna-se tudo.

    "Não podemos estar meios"... Não, não podemos... Quer dizer, podemos mas "pendemos" sempre para um dos lados, como o copo, mas é tudo mutável, partimos do nada para o tudo e passamos pelo meio, pelo encher do copo se preferires, e por vezes passamos muito tempo nesse intervalo, sempre a pender, mas passamos muito tempo a encher o copo... Não é o tudo que nos enche mas o que nos levou até lá (não sei se compreendes...) Quando atingimos finalmente o tudo já saboreamos muito, e não nos prendemos apenas nesse "pormenor"... Porque todo o caminho é preciso, fundamental...

  66. Anonymous Anónimo 

    (acordar cedo, sim ... pelo menos para mim foi demasiado cedo :P)

    mmm ... lutar por pedacinhos efémeros de felicidade ... apenas com um horizonte doce e fugaz como miragem. é preciso mta perseverança para não enveredar pelo tal caminho mais fácil. pq a conquista é tão momentânea, que nos remete para a finitude humana. quase a velha ideia do para quê, se a vamos perder novamente? mas concordo (ou um lado meu concorda) que vale a pena. a viagem, n o destino, o q se encontra, o q se perde (e perder nem sempre é mau) e o q se transforma. os ensinamentos são ardilosos, pois o q nos faz feliz é tão mutável como nós, à excepção das abstracções intangíveis. às vezes temos bruscas mudanças de direcção (quase q pegamos na tabuleta a dizer felicidade por aqui e a rodamos 180 graus), outras percebemos q apesar do piso irregular e do nevoeiro, do estranho e incontrolável, é por esse incógnito caminho q devemos seguir. é preciso coragem e sabedoria, e isso implica tempo. hj esbanjamos tempo ...

    o tudo n é um pormenor. será? agora fiquei na dúvida :S os intervalos q nos prendem, ou nos prendemos a eles, serão reais? ou convenientemente mergulhados na passividade morta da maior parte do tempo q pensamos ter de sobra? todo o caminho é preciso? todo? todo mesmo? n sei, podem haver saltos qualitativos, mudanças de ritmo, pausas mais curtas ou longas, silêncios, ruídos ... como quando despejamos o copo devagar ou velozmente. é verdade q em termos práticos será a mesma coisa, mas o processo é diferente. esta metáfora do copo n saiu nada bem, mesmo :)

  67. Anonymous Anónimo 

    Mas quando atingimos esses pedacinhos de Felicidade tudo faz sentido, esquecemos que a vamos perder novamente, porque podemos sempre alimentá-la e não voltar a perdê-la (sim, talvez seja utópico) e porque simplesmente nos faz falta, é o culminar do caminho... mesmo que ao chegar lá tenhamos a percepção que ele se estende infinitivamente... A viagem vale sempre a pena, e poucas vezes pelo destino (que também é importante), perdem-se muitas coisas, ganham-se outras mas fundamentalmente descobrimos, aprendemos, descobrimo-nos.
    A Felicidade é mutável? Ou melhor o que nos faz Felizes é mutável? Sim e felizmente, porque se assim não fosse cairíamos num ciclo vicioso sempre a lutar pelo mesmo sempre a sermos os mesmos... e não somos... nunca somos... Mudamos de direcção, encontramos outros objectivos, lutamos principalmente por nós... aí sim, o destino não é importante mas sim a viagem. Hoje esbanjamos tempo?

    Um pormenor... Será? Os intervalos são reais, eles também fazem parte do tudo, sem qualquer dúvida! O que seria do tudo sem os intervalos? Um saltar do início para o final como um jogo?

    Hoje tenho de me ausentar mais cedo... até amanhã...

  68. Anonymous Anónimo 

    boa noite ... tb vou (aliás, já estou quase a cair para o lado).
    é engraçado ... oh, depois falamos (mas para a próxima pelo menos podemos despedir via msn, n? :P)

    até amanhã :)

  69. Anonymous Anónimo 

    Boa Noite! (realmente foi um lapso gigante mas nem me lembrei :( )

    Acabaste por não me responder...
    Talvez nem todo o caminho seja indispensável para o "tudo" mas grande parte desse caminho sim...Arrisco-me a dizer que a maior parte é indispensável!

  70. Anonymous Anónimo 

    Boa noite ...

    Não sai nada hoje ... deixa-me voltar a ler ...
    Esbanjamos tempo, era isto? Curioso, o que ontem me parecia hoje não´me parece nada, por isso vou tentar que me saiam umas quantas palavras alinhadas, para desemperrar.
    Esbanjamos, sim. Perdemo-nos em tanta coisa q n merece a pena. E os segundos passam, esgotam-se em minutos, horas e dias. Hoje acho q o amanhã chega cedo demais enquanto estamos presos ao ontem. Confesso q amanhã já posso achar o oposto.
    Sim, hoje também aceito que o caminho tem de ser feito, todo. Ao pormenor. Custando o que custar. Nem que nao o consigamos levar até ao fim. Vale a pena.

    Hoje de facto estou muda. Tenho um turbilhão de coisas a rodopiar cá dentro ... entendeste? n consigo reler e fazer com q faça sentido (meio sorriso, não é mau)

  71. Anonymous Anónimo 

    Não esbanjamos tempo porque no instante exacto achamos que vale a pena, e talvez valha, mesmo. O que interessa é o presente, o hoje. E se no hoje definimos o tempo como bem empregue é porque o é. Nada mais. Certamente que "amanhã" descobriremos que perdemos tempo, que o esbanjámos, que podiamos ter dado outra volta aos ponteiros... o "se" é um grande filósofo mas nada muda...
    Amanhã vais achar o contrário? Provável... os dias são mutáveis, como nós, e felizmente... Faz tudo parte de um todo e sempre desenvolvemos, crescemos e descobrimos... Isso valerá sempre a pena... ontem, hoje e amanhã.

    (hoje aceitas o que ontem defendias até ao limite... estou a ver que não foi um dia fácil, talvez a noite ajude :) )

    Podes explodir em palavras... Talvez consiga apanhar um ou outro estilhaço :)*

  72. Anonymous Anónimo 

    Sim, o mundo está cheio de ses condicionais e traiçoeiros. Mas são quase bóias de desculpas e dissonâncias q nos vão permitindo condescender connosco próprios.

    Mudar é bom. Ou não. Mudamos em continuidade e aí é desenvolvimento. Mudamos em ruptura e aí é ... é estilhaço, vou aproveitar as tuas palavras. E isso não vale a pena. Não é crescer, é definhar. É asfixiar, é embater no cimento duro, solidificar e quebrar. Nada mais. Nada. É perda de tempo, e não resulta de escolha. É esbanjar tempo...

    Não, não foi um dia fácil. Pior q isso, n está a ser uma noite fácil. Os meus estilhaços são líquidos e químicos. As palavras hoje pesam. Já pesaram. Mas explodir era uma boa ideia. Credo, vou parar com as ideias mórbidas (olha olha outro meio sorriso).

  73. Anonymous Anónimo 

    Os nossos "ses" são muitas vezes desculpas para nós mesmos, falsos enganos do que poderia ser, do que não foi e o que teria acontecido se assim fosse... Sabemos também que de nada vale pensarmos no "se" pois nada muda o passado, mas utilizaremos sempre essa expressão seguida de um pensamento utópico porque não somos seres perfeitos, e o caminho está sempre repleto de pedras...
    Lentamente vamos aprendendo a guardar as mais leves para erguer "o castelo" e a desviar-nos das mais pesadas com uma destreza fantástica. E mudamos, na continuidade como dizes e no desenvolvimento. Na ruptura é estilhaço, mas mais que isso também é cola, e voltamos a unir-nos com uma outra forma, com um pouco menos de nós, com um pouco mais de nós...

    Custa-me aceitar no esbanjar de tempo no caso de uma mudança pela ruptura, porque há sempre algo que vale a pena, ou neste caso que valeu a pena, e só por isso o tempo não foi perdido. Talvez as expectativas fossem elevadas e nos pareça tudo infundado pela ruptura mas há sempre um lado positivo, um pormenor, um momento que recordaremos sempre como tempo bem aproveitado.

    Já te li há algum tempo num outro "céu"... Quando a noite não é fácil dói o dobro, invade-nos. O explodir em palavras não é mórbido... é fascinante :)

    (dois meios sorrisos faz um sorriso... assim como a metade do copo vazia e a metade cheia)

  74. Anonymous Anónimo 

    Oh ...

    É perda de tempo sim. É pura perda de tempo, apesar de saber q amanha n vou achar isto, pq sei q tudo surge num momento em que estamos preparados. Mas à luz (melhor, à escuridão) do sofrimento, não. Deve ser isso, estou cega pelo peso das palavras. E isso n tem nada de fascinante. E ainda não é cola, porque a cola tem de ter tempo para secar, como as lágrimas. N digo (escrevo) nada decente hj ... sou uma contradição sentada.

    Sim, dois meios sorrisos fariam um sorriso "se" a aritmética das emoções fosse linear. Há q contar com os estilhaços líquidos com sinal negativo na equação.

  75. Anonymous Anónimo 

    Se amanhã não vais achar isso vai ser fantástico leres isto amanhã, assim como vai ser ler-te amanhã... Mas como não vivemos de "amanhãs" resta-nos o hoje :)

    Perder tempo... Quando o sofrimento nos engole tudo nos parece mais escuro, o luar que não brilha, as estrelas que desaparecem, tudo se ofusca e fica pardo. As cores sem brilho. Perdemos e perdemo-nos até ficarmos sem sentido... Pensamos sim que tudo foi uma perda de tempo, e este foi desfasado da realidade, da nossa realidade. O saber que tudo surge no momento em que estamos preparados é estranho. Não acredito. Não sabemos sempre se estamos preparados, e muitas vezes nem estamos... Há muitas mensagens que nos escapam por não estarmos atentos, assim como há muita coisa que surge sem que tenhamos tempo para nos prepararmos... Esse é um fascínio da vida sim, mas nunca estamos preparados para o encarar como tal... A nossa natureza humana e falível obriga-nos a pensar que poderia ser melhor se... (lá vem o velho filósofo)

    Há cola de secagem imediata, assim como há lágrimas que nascem de gargalhadas... A cola "natural" necessita de tempo para secar sim, mas ao existir entre os estilhaços já os segura... de uma forma insegura (não soa bem mas é assim) mas segura :)

    A aritmética das emoções não é linear... Teria alguma piada se assim fosse ?

  76. Anonymous Anónimo 

    Amanhã ...

    Acredito q estamos preparados sim (a minha contradição aumenta) não para o que esperamos q deve acontecer, mas para o que tem de acontecer (tem é forte demais ... mas n encontro outra palavra q exprima tao bem). As mensagens q n agarramos sao as q n estamos preparados para entender, para decifrar e sorver cada detalhe. Poderia melhorar? Sim, quando (e n se) a formos conhecendo.

    Segura de forma insegura ... não, porque treme tudo à menor brisa, por mais dócil e gentil q seja. Mas gostei das lágrimas de gargalhadas. :) Obrigada.

    Mas as emoções n são para ter piada!!! Ou talvez sejam uma fonte de humor ... São imprevisíveis e incomparáveis, sim :P Mas num turbilhão n há risos, ha ruido. Ainda q o Palma me esteja a dizer q há-de haver mais um comboio ... lá está!!! :D

    Hoje sou eu quem vai embora mais cedo. Procurar o botão de off.
    Desculpa n me ir despedir de ti no msn. N ia dizer nada de jeito hoje. Fica prometido desde já para amanhã ou o nosso próximo encontro.

    Aproveito para dizer ainda duas coisas:
    1) n há post ainda sobre o jantar :(
    2) foi bom ter ido ao jantar e ter estado convosco :)

    Até amanhã

    *

  77. Anonymous Anónimo 

    Nem sempre estamos preparados, mesmo para o que "tem" de acontecer... E talvez por isso não aconteça sempre da nossa melhor maneira... Mas deixo essa divagação para amanhã...
    Muitas das mensagens não estamos preparados para entender... Outras estamos preparados mas simplesmente não as entendemos (é vago... muito vago, eu sei)

    A palavra "piada" não era para ser levada à letra... É uma das espressões que utilizo muito (parece-me que percebeste mas...) e que quer simplesmente dizer que se fosse tudo preto no branco, racional e linear não valeria a pena... A magia da Vida é mesmo essa... :) O Palma é que sabe... Há sempre mais um comboio, e outra estação :)

    Procura o botão de off, abraça um sonho azul e regressa amanhã :)

    E as respostas para as tuas duas coisas:
    1) Está em processo de fabrico... está difícil
    2) Foi muito bom teres ido, foste sem dúvida a alma do jantar :)

    Até amanhã **

  78. Anonymous Anónimo 

    Boa noite ...

    Foi um bom dia, deve ser uma boa noite tb :)

    Continuo a acreditar que tudo acontece nesse momento estranho, fugaz e "aparentemente aleatório". Estamos preparados na proporção devida. Estaremos atentos? Isso será outra questão ;)

    Eu percebi a ideia de piada. Mas às vezes sou excessivamente meticulosa :P

    Processo de fabrico? Ok, aguardarei ...
    Alma do jantar? Que exagero ... nem sequer penses em repetir uma coisa dessas, o jantar era vosso e eu fui um apêndice ...

    *

  79. Anonymous Anónimo 

    Bom Dia!

    Um sol fantástico, quase que apetece ficar a olhar para ele sem fazer mais nada. Mas o dia é de trabalho e colocar o lado racional a funcionar a esta hora é algo quase impossivel...

    Preparados na proporção devida... Será suficiente estar preparado na proporção devida? Ou perderemo-nos em pormenores e em rasgos de demência e acabaremos por nos afastar do propósito, do caminho? Talvez estejamos atentos para esses momentos estranhos mas não o saibamos abraçar quando ele finalmente chega. Muitas vezes o caminho já foi muito sinuoso e levou bastante de nós, e a cada passo sentimos que estamos a afastar-nos dele sem o podermos controlar... É estranho mas real.

    Um apêndice? Sem dúvida que não...

    :)

  80. Anonymous Anónimo 

    Bom dia!!

    Um sol sem queimar de mais, sem dúvida. Primeiro dia de quase férias, e até o sol está bom :) O lado racional está off, definitivamente, pelo menos nos próximos dias (sorriso).

    Julgo que suficiente nada é. Ou seja, à partida é indispensável, mas n suficiente, a essa pré-preparação temos de acrescentar uma dose de outras alquimias pessoais, como a vontade de aprender, de arriscar, de voar, de parar e contemplar. Vimos quase formatados com essa preparação, o resto depende de nós. Acho eu ... mas já deves ter percebido que o que acho nem sempre é muito estanque :P

    Os rasgos de demência são bons, ajudam-nos a arquitectar destinos :) é esta a filosofia q subjaz a este espaço (quem não é praticamente demente???) E quem fala em arquitectar destinos fala em desenhar caminhos. Sim, muitas vezes o caminho leva muito de nos. Demais, até. Quase tudo. Mas esse quase que resta, colado ou por colar, o quase de resto que fica, é o mais essencial, o mais profundo, o resquício do todo, que se pode vir a reconstruir, diferente, igual, nem é tanto isso que importa.

    (...)

    :D

  81. Anonymous Anónimo 

    Boa Noite!

    As férias sempre chegaram? O sol esteve radiante e o calor abrasador, espero que tenha sido o suficiente para colocar o lado racional no off por uns dias :)

    Hoje não vou reler toda a conversa, apenas o teu último "comentário" e seguir desde aí... talvez entre em pequenas contradições, que estes últimos dias têm sido bastante... positivos e enriquecedores... Bastante diferentes também...

    O suficiente não é nada. Verdade. Basta-nos para começar, contentamo-nos com um pedacinho, e logo depois queremos outro, como uma criança esfomeada que olha para o cartaz dos gelados. Apetece-lhe apenas um, mas depois de o comer quererá devorar outro... Sempre mais...
    Assim também somos nós... Queremos apenas um pouco, saborear um pouco mas depressa nos apercebemos que somente o todo nos satisfará... estranhamente há alturas que não descobrimos o que é o todo ou que simplesmente temos medo de o obter... Há uma música que diz assim "não te falei com medo que os montes e vales que me achas caissem..." Acho que diz tudo.

    Rasgos de demência? E quando temos rasgos de lucidez? Desenhamos tantos caminhos e depois temos medo de os percorrer... Há uma vontade quase incontrolavel de os percorrer mas há sempre uma amarra a prender-nos ao chão a tentar sugar-nos para um qualquer buraco escuro... Não sei... a Vida é demasiado estranha quando paro para pensar nisso... Não há um fio condutor... Ou melhor até há mas tem tantos nós que se torna quase um desafio inatingivél....

    Teremos nós medo de Viver por estarmos demasiadamente habituados a viver?

    *

  82. Anonymous Anónimo 

    Boa noite. Não, as férias (afinal) ainda não chegaram :S têm sido "tempos adversos", mas q servem de desafio, e o q seria a vida sem desafios? :P

    Carta. Toranja. Está tudo dito. Eles têm umas letras abrasadoras, quentes de encher o coração com mimos e aconchegos :S o suficiente é pouco, é meramente um início de quimera, e o homem é tanto mais homem qt mais almeja, qt mais busca. o medo, esse carrasco por vezes protector. é um lugar comum, mas o medo do medo é a pior prisão q podemos ter.

    Rasgos de demência sim, com barcos prenhos de interrogação, ainda mais. É nessa demência que somos geniais, que nos superamos, que eventualmente somos lúcidos no mais puro sentido da palavra. E nessa lucidez demencial, nesse rasgo de genialidade, somos fortes, somos D. quixotes munidos de armas tão rudimentares como a vontade e o querer. Moinhos de vento, sim, encontramo-los constantemente, insistentemente. Umas vezes somos trespassados, outras derrubamos o moinho. São ciclos, sempre ciclos, apetecíveis e odiáveis... fios condutores? são como as nuvens, como os rios ... mudam, são muitos ... é só escolher, e nessa escolha recai toda a nossa responsabilidade e a nossa finitude e falibilidade.

    Grande questão final ... e tem resposta? nós subvivemos, não vivemos, mas aprendi (curiosamente, com uma pessoa q acompanhei até hoje) q por vezes, ainda q apenas por vezes, viver é um primeiro passo para Viver ...

    :)

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