Tudo aquece quando, ao longe, o filho lhe acena.
Tudo se torna brilhante e colorido.
Desliza a face pelos cabelos macios e fofos da criança. Está cansada, tão cansada, mas vive para aquele abraço onde cabe o mundo, onde o universo se torna pequeno, onde a sua vida ganha alma e sentido por ter existido um momento de pura alegria, de verdadeiro amor.
Como foi o teu dia, bom, e o teu? Hoje aprendi a quem foi o primeiro rei, vês, estás a tornar-te um homem!
E o orgulho invade a pequena casa, tosca e fria.
Noite fria, o inverno este ano é rigoroso, e ela aquece-lhe a camita com os seus cobertores. Aquece-se no seu sorriso adormecido. Se houver felicidade na tristeza, é isto. É ter um filho de veludo, entranhado na carne, uma voz que nada nos diz, mas nos canta doces rimas que ninguém entende.
A noite foi fria. A madrugada aproximou-se galopante. É só mais um dia, um outro dia, igual.
Acorda, filho! Vamos para a escola, está bem mamã!
Está frio na rua, o frio agarra-se à pele, a chuva beija-lhes o rosto. O petiz segue alegre, segurando a mão da mãe. Era tudo tão simples naquela idade.
Agora está frio, tanto frio. E a tosse muda que arranca vida levará a melhor, um dia, talvez um dia frio como este.
... o frio aperta na manhã submersa ...
E pronto... quem diz ali, diz aqui... passei por aqui tb =P
Prometo q volto com mais atenção ;)
beijinhos*