Rasga-se o papel e sopram-se as letras que escorregaram para lá.
Escondem-se as frases, calam-se as vontades de ser mais.
Foge-se como a areia que escorre poética por entre os dedos, mas a eles dói-lhes a queda amontoada. A eles não tentam agarrar e conter, eles não são tesouros por encontrar, antes procuram esconder-se.
Houve um momento em que agarrou a ausência que os separou. Mas a ausência é um crime perverso e subvertido de si mesmo, onde está não o é. Queimou-lhe as mãos, os dedos chicoteados abriram a fenda da vontade e ela fugiu.
É como o vento, é como o mar e a lua, é como o desenho, é como a nota que não se dá, é como o sorriso que não se finge. A ausência queima por não existir o que existe.
Há quem lhe chame vida. Eles chamaram-lhe amor.
... sorrir não é pêra doce ...
Este post fugiu um pouco. É um potencial assassino em fuga. Pretende assassinar este blog, ao ser + meu do que abstracto, deveria + ter sido escrito num outro lado, num outro crime meu.
É o sentimento ... esse cruel assassino de blogs e de almas.
Desculpem lá qualquer coisinha, sim?